Filha do vento
Tenho uma sede incontrolável pela vida, quando me sinto ausente e calada é a minha fome por sentimentos verdadeiros, por toques que me acalentam. Sinto a necessidade de acordar e sentir o sol me tocar e viver intensamente a vida.
Quando anoitece, a minha mente fica inquieta, tenho necessidade de escrever e ler, até que eu possa adormecer tranquilamente. Caminho de acordo com o vento, deixando os meus rastros, conhecendo mundos opostos, assim crio as minhas histórias, utopias, muitas vezes complexas e outras não.
Em meus versos são gritos por liberdade e a minha vida é a minha poesia. E assim deixo as minhas marcas, a minha escrita vívida, são os meus gritos contidos, os meus silêncios quebrados são as minhas lágrimas de poetisa. Reinvento-me, sou filha do vento, caminhando por horizontes perdidos, nos quais deixo sempre um pouco de mim. Eu sou a Filha do Vento, sou a andarilha errante, a estrangeira, que caminha por horizontes inóspitos sem fim...!
Texto de Fabiane Braga Lima, contista e poetisa em Rio Claro, São Paulo.
Arte digital de Clarisse Costa, designer gráfico e poetisa em Biguaçu, Santa Catarina.
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário