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Venâncio Josiel dos Santos
Cadeira nº. 6
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O PERFIL DO ESCRITOR
Venâncio, poeta, advogado e palestrante Venâncio Josiel dos Santos nasceu na cidade de Parnamirim, Estado do Rio Grande do Norte (RN), em 18 de maio de 1953. Em 1971 ingressou na Força Aérea Brasileira (FAB), onde se especializou em Sistemas Hidráulicos (Mecânica de Aviação), tendo servido por mais de sete anos em várias Unidades Militares, tais como o Centro de Formação de Pilotos Militares (CFPM), o Centro de Aplicações Táticas e Recuperação de Equipamentos (CATRE), e o Centro de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno (CLFBI), estes no Rio Grande do Norte (RN).
Nesse mesmo período, ele serviu no Núcleo de Base Aérea de Belo Horizonte e Parque de Material de Lagoa Santa, em Minas Gerais (MG), além da Base Aérea de Pernambuco (PE). No ano de 1978 ingressou nos quadros da Polícia Federal (DPF), mediante concurso público.
Após a conclusão do Curso de Formação de Agente de Polícia Federal, na Academia Nacional de Polícia (ANP), em Brasília/DF, foi lotado na Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Estado de Mato Grosso do Sul (SR/DPF/MS), onde serviu por mais de cinco anos.
Nesse período, além do cargo de Agente de Polícia Federal, exerceu as funções de Chefe da Seção de Execução Orçamentária e Financeira (SEOF), Coordenador Regional Administrativo Substituto (CRA/DPF/MS) e Chefe de Equipe da Operação Café.
Formado em Ciências Jurídicas (Direito) em 1983, prestou novo concurso, sendo novamente aprovado. Desta feita, ingressou no Cargo de Delegado de Polícia no Estado de Mato Grosso do Sul.
Além de ter prestado relevantes serviços em diversas cidades do interior do Estado, na Capital exerceu as funções de Assessor de Operações e Informações da Polícia Civil, Assessor do Departamento de Polícia Especializada, Diretor do Departamento de Polícia Especializada em Exercício (Substituto) e Chefe do Núcleo de Apoio Administrativo / DPE.
No quadriênio de 1985 a 1988 estudou Ciências Pedagógicas (Pedagogia). Foi Pós-Graduado, em nível de Especialização, em Metodologia do Ensino e Metodologia do Ensino Superior.
Lecionou Doutrinas Bíblicas por mais de seis anos na Escola Bíblica Dominical (EBD) da Primeira Igreja Batista de Campo Grande/MS. Também lecionou Língua Portuguesa, Educação Artística e História em várias instituições de ensino do Estado.
Na área Teológica, bacharelou-se em Teologia e concluiu a Curso de Licenciatura Plena em Educação Religiosa. Fez Mestrado em Teologia, especializando-se em Missiologia.
Após, concluiu três Doutorados: 1-Em Teologia, com Especialização em Psicologia Pastoral, após haver defendido a tese intitulada "Aconselhando com Deus". 2-Em Divindade, após comprovar mais de 15 anos no Ministério da Palavra, e defender a tese intitulada "A Grande Comissão de Jesus Cristo". 3-Em Ciências da Religião, com Especialização em Filosofia da Religião, após defender a tese intitulada "Resgatando e Reintegrando Ovelhas Desgarradas".
Atualmente, profere palestras de cunho informativo sobre os temas: "Os Adolescentes e as Drogas"; “Fatos sobre a Apostasia"; "Fatos sobre o Apocalipse"; "O Estelionato e Outras Fraudes"; "O Álcool e a Sociedade"; "A Oração e a Fé"; “ECA: Direitos e Deveres”; “O Bullying e Suas Implicações”; “Motivação e Ética no Trabalho”; “Hierarquia e Disciplina nas Escolas”; e muitos outros temas Culturais, Bíblicos, Jurídicos e Sociais.
É Delegado de Polícia do Estado de Mato Grosso do Sul, atualmente aposentado por tempo de serviço. Na ativa, concluiu o Curso Superior de Polícia, com especialização em Táticas Anti-Sequestros.
É Advogado Criminalista – OAB / MS nº 7.077.
É Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB/MS (CDCA/OAB/MS); da Academia de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul (AELA/MS) e da Academia de Letras do Brasil – Seccional Campo Grande/MS (ALB/CG).
É vice-presidente do Grupo Evangélico de Ação Política (GEAP).
É Membro da Ordem dos Teólogos Evangélicos da América Latina (OTEAL); da Ordem dos Teólogos Evangélicos do Brasil (OTEB); da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional MS (ALB/MS); da 1ª Igreja Batista de Campo Grande (PIB/CG/MS); da Academia Pan-Americana de Letras e Artes (APALA); e da Associação de Novos Escritores (ANE/MS).
É ex-presidente do Conselho Fiscal e Administrativo da Academia de Letras do Brasil – Seccional Mato Grosso do Sul (ALB/MS).
É ex-presidente do Fórum Estadual de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul (FESC/MS); da Academia Maçônica Letras, Ciências e Artes do Centro-Oeste do Brasil (AMLCACOB);
É ex-diretor do Departamento Jurídico da Federação das Academias de Letras e Artes do Estado de Mato Grosso do Sul (FALA/MS), do Departamento Jurídico da União Brasileira de Escritores – Seccional MS (UBE/MS) e do Departamento de Ensino do Instituto de Evangelismo Cantares de Canaã (IECAN / MS).
É ex-vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB/MS (CDH/OAB/MS); da Comissão “OAB VAI À EXCOLA” (COVESC); do Conselho Fiscal do Grupo Evangélico de Ação Política (GEAP) e do Conselho Fiscal da GLUMS.
É ex-diretor do Departamento Jurídico e ex-tesoureiro geral da União Brasileira de Escritores – Seccional MS (UBE/MS).
É ex-membro da Comissão de Assistência e Defesa das Prerrogativas do Advogado (CDA/OAB/MS); do Conselho Fiscal do Grupo Evangélico de Ação Política (GEAP); do Conselho Fiscal da GLUMS; do Conselho Regional de Moradores da Região do Imbirussu e do Conselho de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul; do Conselho Municipal de Cultura de Campo Grande/MS.
É ex-cônsul do “Movimiento Poetas Del Mundo”, como representante da Zona Norte de Campo Grande/MS.
É colunista dos Jornais: 1-Arauto; 2-Cidadão Evangélico. 3-Do Site: Tribuna do Pantanal.
É ex-colunista dos Jornais: 1-Âncora; 2-Escudo da Fé; 3-Nova Imprensa; 4-Princípius; 5-Polícia & Comunidade; 6-Primeira 7-Do Site: msevangelico; 8-E do site: Tribuna do Pantanal.
É autor das seguintes Coleções de Estudos Bíblicos: 1-Conhecendo os Livros da Bíblia, sobre os livros da Bíblia Sagrada. 2-O Apocalipse Interpretado e a Escatologia Esclarecida, sobre Escatologia. 3-Aconselhando com Deus e Apontando Caminhos, sobre diversos Temas Bíblicos; 4-Personagens Bíblicos, sobre as mais diversas Personalidades da Bíblia. 5-Juízes de Israel, sobre todos os juízes da nação judaica. 6-Reis de Israel e de Judá, sobre todos os reis de Israel e de Judá. 7-Milagres de Jesus. 8-Os Dez Mandamentos. 9-Mulheres da Bíblia. 10-E da Cartilha Pedagógica intitulada: “ECA! QUE BICHO É ESSE?”.
Também é autor dos livros publicados e intitulados: 1-Você conhece sua Bíblia? 2-O que virá no fim dos tempos? 3-1.001 perguntas e respostas da Bíblia. 4-Escritores Bíblicos. 5-Poesias Coralinas. 6-Poesias Arauteanas.
Tem obras publicadas em parceria com outros autores (escritores e poetas), tais como: 1-Primavera dos Ipês (Coletânea; 2005); 2- Poetas Del Mundo – Volume 01 (Coletânea; 2008); 3-Educação, Direito e Cidadania (2012; Cartilha Pedagógica); 4-Congonhas & Aleijadinho (2016; Coletânea, Prosas e Versos).
Contato: dr.venancio.josiel@outlook.com
CAPAS DOS LIVROS
01-Mulheres da Bíblia – Zípora,
a Filha de Jetro:
Jetro
Reuel era criador de ovelhas e sacerdote na região de Midiã. Ele tinha sete
filhas: 1-Zípora (a primogênita). 2- Adira. 3-Jacque; 4-Ada; 5-Betânia;
6-Damarina; 7-Jerusa. Já velho e viúvo, eram suas filhas quem cuidavam dos seus
rebanhos e dos afazeres domésticos, sempre sob a supervisão de Zípora (a mais
velha). Em hebraico o termo “ZÍPORA” significa “PÁSSARO”. Em aramaico tem o
significado de “PASSARINHO”.
Zípora
conheceu Moisés (o Grande Legislador) quando este fugia do Egito, ao lado dum
poço na região de Midiã, aonde ela e suas seis irmãs davam água aos rebanhos do
pai. Na ocasião surgiram alguns pastores midianitas, com os seus rebanhos, e
tentaram expulsar as moças, para darem água aos seus animais. Moisés não o permitiu,
e entrou em luta corporal com esses homens, vencendo-os. Em razão de sua
atitude, ele foi convidado pelas moças a conhecer Jetro Reuel.
Moisés
contou sua história para Jetro e suas filhas, identificando-se como um príncipe
egípcio, que tivera de fugir de sua terra ao descobrir ser de origem hebreia e
de ter matado um soldado egípcio que chicoteava um escravo hebreu. Para evitar
sua execução pelo crime cometido, ele fugiu para o deserto, onde passara
quarenta dias atravessando-o, até chegar a Midiã, aonde encontrara as filhas de
Jetro. Após ouvi-lo, Jetro o convidou para ficar em Midiã. Logo Moisés aprendeu
a pastorear ovelhas e acabou casando com Zípora, que lhe deu dois filhos:
Gérson e Eliézer (Êxodo 2.16-22; 18.3,4).
Passados
40 anos, DEUS falou com Moisés através duma sarça ardente, no local aonde ele
pastoreava as suas ovelhas, e ordenou-lhe que voltasse ao Egito, a fim de
libertar os hebreus do cativeiro egípcio. Embora relutante Moisés encaminhou-se
para a sua terra natal, levando sua mulher e filhos. Logo no início da viagem, uma
das crianças adoeceu gravemente, o que fez com que Zípora voltasse para a casa
do pai com os dois filhos, enquanto Moisés seguia sozinho a sua jornada (Êxodo
4.1-26).
Porém,
Moisés voltaria a encontrar-se com a mulher e os filhos algum tempo depois,
durante a jornada dos hebreus (já libertos do cativeiro egípcio) pelo deserto,
em busca da Terra Prometida. Jetro levara sua filha mais velha e seus dois
netos para encontrarem Moisés no acampamento hebreu, no deserto, tendo passado
com ele vários dias. Na ocasião Jetro deu vários conselhos a Moisés, inclusive
no tocante à escolha de 70 anciãos para serem juízes nos casos envolvendo os hebreus,
vez que Moisés estava sobrecarregado pelo fato de ser o único juiz de Israel. Consultando
a Deus sobre tal assunto, Moisés recebeu as orientações de como deveria
proceder para a escolha desses juízes substitutos (Números 11.11-35).
A
permanência de Zípora no acampamento incendiou o ciúme que Miriã (irmã de
Moisés) tinha do irmão. Tal sentimento levou Miriã a falar mal de Zípora e de
Moisés para o seu outro irmão: Arão, o sumo sacerdote. Este, ao invés de
repreender a irmã, uniu-se a ela na difamação a Moisés, o que terminou no
castigo de DEUS a Miriã: ela tornou-se leprosa e foi obrigada a passar sete
dias em isolamento, no deserto, longe do acampamento. Passado o prazo, Miriã
aprendeu a lição e pôde voltar ao convívio no acampamento, totalmente curada por
Deus (Números 12.1-16).
O
motivo pelo qual Miriã começara a sentir ciúmes de Zípora foi a beleza física
desta, aliada à sua grande capacidade nas lides do lar. Além disso, Zípora era
uma excelente cantora e hábil flautista. No acampamento, ela era a única mulher
a competir com Miriã, que também era cantora e uma harpista excepcional.
Inclusive, antes da chegada de Zípora, era ela quem liderava os louvores a
DEUS. Com a participação de Zípora nesses cultos, Miriã sentiu sua autoridade
diminuída.
Assim,
tentando menosprezar a figura de Zípora, nas rodas de conversas Miriã passou a
chamá-la de “Mulher Cusita”. Isso em razão de Zípora ser oriunda da região de
Midiã, que também era conhecida com “terra de Cusã”. Assim, os midianitas
também eram chamados de “cusitas”. E, pelo fato dos etíopes também serem
chamados de “Cusitas”, ao chamá-la de “Mulher Cusita”, Miriã queria dizer que ela
era uma mulher de origem confusa ou desconhecida.
Porém,
mesmo quando Miriã cumpria seu castigo, isolada e fora do acampamento, Zípora
demonstrou possuir uma grande beleza de caráter. Foi ela quem mais visitou o
retiro de Miriã, para levar-lhe água e comida, e dizer-lhe palavras de ânimo.
Ao final, já curada, Miriã reconheceu os seus erros e reconciliou-se com
Zipora, não mais a aborrecendo com palavras desdenhosas, até o final de seus
dias.
Dr. Venâncio Josiel dos Santos – Presidente
da AELA/MS.
02-Mulheres da Bíblia
– Ana, a Mãe Abnegada:
Ana
era a mãe do profeta Samuel. Seu nome em hebraico significa “Favor”. E, em
aramaico “Graciosidade”. Ela vivia com Elcana, seu marido levita, juntamente
com a outra esposa dele, Penina, na cidade de Ramataim-Zofim, na região
montanhosa de Efraim. Apesar de sua longa esterilidade, que contrastava com
Penina, que era bastante fértil e deu a luz a vários filhos de Elcana, Ana era
a esposa predileta. Penina zombava dela por causa de sua esterilidade. Principalmente,
quando Elcana levava seus filhos e suas esposas para a visita anual que fazia
ao Tabernáculo, em Siló (1º Samuel 1.1-8).
Numa
das visitas a Siló, Ana fez um voto a Deus de que, caso ela tivesse um filho,
ela o entregaria para o serviço do Senhor, no Tabernáculo. Observando os lábios
dela se moverem, enquanto ela orava baixinho, o sumo sacerdote Eli suspeitou de
que ela tivesse tomado vinho, a ponto de estar embriagada. Mas, ao interpelá-la
e ficar sabendo do fervoroso desejo dela, Eli juntou-se a ela na oração,
solicitando que Deus concedesse aquele desejo. Não demorou muito, e ela ficou
grávida.
Após
dar à luz um menino, a quem chamou de Samuel, Ana só foi novamente a Siló três
anos depois, quando ele foi desmamado. Daí, ela o apresentou a Deus, conforme
prometera, levando uma oferta que consistia em três bezerros, uma efa de
farinha e um odre de vinho (1º Samuel 1.9-28). Depois disso, todos os anos, Ana
ia a Siló e levava uma túnica para seu filho. Numa dessas visitas, Ana e Elcana
foram abençoados por Deus, através do profeta Eli. Assim, ela engravidou
novamente, de modo que ela teve mais três filhos e duas filhas (1º Samuel
2.18-21).
Ana
era uma mulher de oração, e temente a Deus. Era humilde e tudo o que desejava
era agradar ao seu marido. Todos os anos, ela o acompanhava para oferecer
holocaustos no Tabernáculo. Ela mesma fez um grande sacrifício, ao abrir mão de
seu filho Samuel, para cumprir o voto que fizera ao Senhor. Assim, demonstrava
a sua fidelidade e a sua gratidão a Deus. Ela demonstrava a sua afeição
materna, ao visitar o filho todos os anos, e ao levar-lhe sempre uma túnica
nova. Enfim, Ana, a mãe do profeta Samuel, era uma mulher virtuosa.
Antes
de completar 12 anos o menino Samuel teve uma visão durante o sono noturno, em
que ele fora escolhido por Deus para substituir ao profeta Eli. Ainda jovem,
ele começou o seu ministério profético (1º Samuel 3.1-21; Números 4.17-20) que
foi longo e muito bem sucedido, pois Samuel foi um profeta muito fiel ao Senhor
Deus em todos os momentos de sua vida.
Durante o ministério profético, Samuel
liderou o povo de Israel na verdadeira adoração a Deus. Foi ele quem ungiu o
primeiro rei de Israel, Saul, da tribo de Benjamim, assim como veio a ungir
também o segundo, o rei Davi, da tribo de Judá, que veio a ser um dos
ancestrais de Jesus Cristo. Samuel escreveu os livros de Juízes, Rute, e mais
da metade de 1º Samuel, todos do Velho Testamento. Quem concluiu o seu livro,
intitulado 1º Samuel, foram os profetas Natã e Gade, seus substitutos.
No Livro de Juízes, o seu primeiro
livro, Samuel faz uma narrativa vigorosa de libertações realizadas repetidas
vezes pelo Senhor Deus a favor de Israel por meios dos juízes, sempre que
Israel abandonava práticas idólatras e buscava seriamente a Sua ajuda. O Livro
de Juízes possui 21 capítulos e foi dividido em três partes, a saber: 1-Fundo
histórico das condições prevalecentes durante o período dos juízes (Juízes
1.1-3.6). 2-Libertação da opressão sempre que Israel abandonava a adoração
falsa e clamava a Deus por ajuda (Juízes 3.7-16.31). 3-Outras situações que
surgiram durante o tempo dos juízes (Juízes 17.1-21.25).
No livro intitulado RUTE, o seu
segundo livro, Samuel faz uma narrativa que mostra como Rute, moabita que temia
ao Senhor Deus foi abençoada por ELE, tornando-se parte da ininterrupta
linhagem messiânica que conduzia ao rei Davi. Este livro tem quatro capítulos e
se divide em três partes. São: 1-Rute decide continuar morando com a sua sogra
Noemi e a servir ao Senhor Deus (Rute 1.1-22). 2-Rute passa a respigar o campo
de Boaz (Rute 2.1-3.18). 3-Boaz, como bom resgatador, casa-se com Rute (Rute
4.1-22).
O seu terceiro livro, intitulado 1º
SAMUEL, tem 31 capítulos, porém Samuel só escreveu 24, pois veio a falecer
antes de concluí-lo. Os profetas Natã e Gade, seus substitutos, assumiram os
seus escritos, concluíram o livro de 1º SAMUEL e ainda escreveram o livro 2º
SAMUEL, que tem 24 capítulos.
Além
dessa Ana, a mãe do profeta Samuel e esposa de Elcana, a Bíblia Sagrada faz
ainda referência à outra Ana. Essa outra Ana era uma profetisa, filha de Fanuel
e descendente da tribo de Aser. Ela é mencionada no Novo Testamento, e na
língua grega o seu nome era “Hannah”.
“Hannah”,
a profetisa, tornou-se viúva logo após completar sete anos de casamento. Na
ocasião em que o menino Jesus Cristo foi apresentando no Templo, ela estava com
84 anos de idade. Ela prestava serviços no Templo em tempo integral. Por isso,
teve o privilégio de conhecer o menino Jesus e de dar testemunho sobre Ele.
“Hannah” era uma mulher muito dedicada ao serviço eclesiástico. Ela orava e
jejuava constantemente. E, por muitas vezes, ela prestou o seu depoimento
pessoal sobre a grande libertação que seria operada pelo Messias, Jesus Cristo
(Lucas 2.26-28).
Dr.
Venâncio Josiel dos Santos - Presidente da AELA/MS.
03-Mulheres
da Bíblia – Agar, a serva Egípcia:
Agar
era uma serva egípcia que foi dada a Sara (esposa de Abraão), pelo faraó do
Egito, quando esta morava no palácio real. Tempos depois, ao descobrir que Sara
era esposa de Abraão, e não irmã deste (conforme fora informado), faraó a
expulsou do Egito, permitindo que ela levasse tudo o ele lhe havia dado. Sara
levou Agar consigo, juntamente com os outros criados. Assim, Abraão conduziu
sua comitiva para a região de Canaã.
Passados
alguns anos, Sara começou a ficar impaciente por não ver cumprir-se a promessa
de Deus, de que ela teria um filho com seu esposo Abrãao. Ela continuava
estéril. Em razão disso, Sara pediu que Abraão passasse a dormir com Agar, até
que esta engravidasse. E, quando ela tivesse o filho de Abraão, Sara o criaria
como se fosse seu, tentando dessa forma “dar
uma ajudazinha para o cumprimento da promessa de Deus”.
Embora
a contragosto, Abraão concordou com Sara e adotou Agar como concubina. Meses
depois ela engravidou. Com a gravidez, Agar passou a menosprezar a sua ama
Sara, humilhando-a por causa de sua esterilidade. Aborrecida com a atitude de
Agar, Sara foi reclamar a Abraão, que lhe deu plena liberdade para agir com Agar
da maneira que lhe aprouvesse. Assim, Sara passou a maltratá-la, a ponto de
Agar fugir (grávida e sozinha) para o deserto, a fim de livrar-se das
perseguições de sua ama. Cansada, com sede e fome, Agar foi refugiar-se numa
fonte chamada de “Laai-Roi”, localizada entre Cades e Berede, a caminho de Sur. Desesperada, clamou a Deus
por socorro. Deus enviou um anjo para confortá-la. O anjo aconselhou que ela
voltasse para o acampamento de Abraão, pedisse perdão à sua ama pelas suas
atitudes, e mudasse o seu comportamento para com ela. Após, o anjo informou que
ela teria um filho, a quem daria o nome de “Ismael”, e que seria o patriarca duma
grande nação, por ser da descendência de Abraão (Gênesis 16.1-16).
Assim
fez Agar. Foi perdoada por Sara e voltou ao convívio normal no acampamento de
onde fugira. Quando seu filho nasceu, recebeu o nome de Ismael. A palavra
“Ismael” em hebraico significa “Deus escuta!”. E, em aramaico significa “Deus
ouve!”. Ismael nasceu no ano de 1.932 a.C. E. Seu pai Abraão tinha 86 anos
nessa época (Gênesis 16.1-4; 11-16).
Treze
anos depois do nascimento de Ismael, nasceu Isaque, filho de Sara com Abraão.
Quando Isaque completou cinco anos, seu pai deu um grande banquete, para
comemorar a desmama do filho legítimo. Então, Sara percebeu que Ismael (já com 18 anos), caçoava do irmão caçula. Irritada
com o fato, Sara pediu que Abraão expulsasse Agar e seu filho do acampamento,
mandando-os para o deserto. Embora apreensivo com o futuro dos dois, Abraão
atendeu ao pedido da Sara e despediu mãe e filho. Deu-lhes pão e um odre de
água e os mandou para o deserto de Berseba (Gêensis 21.8-14).
Depois
de vagar por vários dias pelo deserto, Agar ficou desesperada quando acabou o
pão e a água. Quase desfalecendo de fome e sede, encaminhou-se com o filho para
debaixo de um arbusto, e clamou a Deus por misericórdia (Gênesis 21.14-16).
Logo
apareceu um anjo do Senhor que disse para Agar e seu flho não temerem, pois Deu
seria com eles. O anjo informou que Agar veria seu filho tornar-se líder de uma
grande nação, pois ele seria um grande guerreiro. Em seguida, o anjo mostrou
para os dois um poço d’água, oculto pelos arbustos, de onde eles beberam e
encheram o odre com aquela água cristalina. Após, caminharam até a região de
Parã, nas proximidades do Egito, onde se instalaram. Com o tempo, Ismael tornou-se
um grande flexeiro, e casou-se com uma jovem egípcia, que lhe deu vários filhos.
E Agar, sua mãe, tornou-se uma senhora da alta sociedade egípcia (Gênesis
21.17-21).
Com
o tempo, Ismael tornou-se o governador da região de Parã, e seus filhos
tornaram-se líderes de várias tribos, que hoje formam as nações árabes. Em Ismael também se cumpriu
a promessa de Deus a Abraão, de que “a
sua descendência tornar-se-ia uma grande nação, tão numerosa quanto às estrelas
do céu” – (Gênesis 15.5).
Assim
como Jacó (seu sobrinho, filho de seu irmão Isaque), Ismael gerou doze varões,
que se tornaram patriarcas das doze tribos “ismaelitas”.
Os árabes são descendentes diretos dos ismaelitas. Os doze filhos de Ismael que
geraram essas tribos foram: Nabaiote (o primogênito). Quedar. Adbeel. Mibsão.
Misma. Dumá. Massá. Hadar. Tema. Jetur. Nafis. E Quedemá. Os ismaelitas
habitaram toda a região de Havilá, Sur, e uma parte de Assur (que tempos depois
veio a tornar-se a Assíria). Ismael morreu com 136 anos, e foi enterrrado com
grandes homenagens pelo seu povo (Gênesis 25.12-18).
Dr. Venâncio Josiel dos Santos –
Presidente da AELA/MS.
04-Mulheres da Bíblia
– Berenice, a irmã de Agripa II:
Berenice
era filha do rei judeu Herodes Agripa I e de sua esposa Cipros. Nasceu no ano
28 AD, era irmã de Mariamne III, de Drusila e de Herodes Agripa II (Atos 23.15;
24.24). Portanto, era neta de Aristóbulo e bisneta do grande rei Herodes. Foi
ela quem visitou Festo, governador da Judéia, em Cesaréia, no ano 58 AD,
acompanhada de seu irmão Herodes Agripa II, enquanto o apóstolo Paulo estava
preso naquela cidade. Ela e seu irmão Agripa II foram recebidos pelo governador
Festo numa cerimônia grandiosa, digna dos maiores chefes de estado. Nessa
ocasião, Agripa II pediu a Festo para entrevistar-se com o apóstolo Paulo, no
que foi atendido. Após a entrevista, Agripa II prontificou-se a ser o advogado
de Paulo perante Roma, se ele assim desejasse. Depois, confidenciou a Festo que
era totalmente favorável à libertação de Paulo, se ele não tivesse apelado a
Roma (Atos 25.13-23; 26.1-30).
Berenice
teve uma vida sexual muito ativa, típica de alguém de descendência herodiana.
Primeiro, ela casou-se com Marcos, filho de Alexandre Lisímaco. Com a morte de
Marcos, casou-se com seu tio Herodes, o rei de Cálcis, que morreu em no ano 48
AD, depois de ter dois filhos com ela. Depois disso, Berenice passou a viver um
relacionamento incestuoso com o seu irmão Agripa II. Quando o escândalo veio a
público, ela foi obrigada a casar-se com Polêmom, rei da Cilícia. Passado os
rumores do escândalo, ela abandonou Polêmom e voltou ao relacionamento
incestuoso com o irmão. Foi logo depois disso que ela visitou o governador
Festo, acompanhada de seu irmão e amante.
Como
judia que era Berenice tentava sempre ajudar os judeus. Mas, por interesses
políticos, no ano de 66 AD ela prestou um juramento de lealdade a Vespasiano, o
imperador romano da época. E, não demorou muito, envolveu-se afetivamente com
Tito, o filho de Vespasiano. Apesar do novo relacionamento amoroso com o
príncipe romano, ela não deixou totalmente o romance com o irmão, com que se
encontrava sempre que tinha oportunidade. Em hebraico, o termo “Berenice”
significa “Vencer”. Em aramaico, significa “Ser Vitoriosa”.
Quanto
a Herodes Agripa II, irmão e amante de Berenice, era filho de Herodes Agripa I,
neto de Aristóbulo e bisneto de Herodes, o Grande. Ele era o último descendente
da linhagem real herodiana. Tinha três irmãs: a própria Berenice, Drusila e
Mariamne III (Atos 23.15; 24.24).
Agripa
II foi criado no palácio real em Roma. Seu pai Agripa I morreu quando ele tinha
17 anos de idade. Então, os conselheiros do imperador Cláudio o induziram a
nomear governadores distritais para a Judéia, alegando que Agripa II era ainda
muito jovem para assumir os encargos do governo deixado pelo pai. Mas, não
demorou muito e Agripa II foi nomeado pelo imperador Cláudio como o rei de Cálcis,
em razão da morte de rei Herodes, seu tio e esposo de sua irmã Berenice. Foi
depois de sua coroação como rei de Cálcis que Agripa II iniciou o seu romance
incestuoso com Berenice. Ao constatar a grande capacidade administrativa de
Agripa II, Cláudio, o imperador romano, o nomeou também como rei dos
territórios antes governados por Filipe e por Lisâneas (Lucas 3.1).
Nessa
época, existia um grupo denominado de “Partidários de Herodes”, que se tratava
de um grupo de adeptos ou partidários judeus da dinastia herodiana, que
recebera sua autoridade de Roma. Durante o ministério terrestre de Jesus
Cristo, essa dinastia era encabeçada por Herodes Antipas.
Politicamente,
os herodianos adotavam uma posição centrista, por um lado sofrendo oposição dos
fariseus e dos zelotes judeus, que advogavam um reino judaico totalmente
independente do controle romano, e por outro lado, dos que advogavam a anexação
completa da Judéia pelo Império Romano.
Alguns
dos saduceus, classificados como livres-pensadores e moderados no Judaísmo,
seguiam a mentalidade herodiana. Isso se depreende da simples leitura dos
textos de Mateus 16.6 e Marcos 8.15, quando Jesus se refere ao “fermento dos
fariseus, dos saduceus e de Herodes”. A repetição da palavra “fermento”
enfatiza que havia uma grande diferença nos ensinos deturpados das duas partes.
Os
partidários de Herodes e os fariseus, embora abertamente opostos uns aos outros
nos seus conceitos políticos e judaísticos, estavam solidariamente unidos na
sua violenta oposição a Jesus. Pelo menos em duas ocasiões esses dois partidos
opostos consultaram-se para a melhor maneira de eliminar seu oponente comum.
A
primeira ocasião foi pouco depois da Páscoa do ano de 31 AD, durante o grande
ministério Galileu de Jesus. Quando Jesus curou, num sábado, a mão ressequida
de um homem, os fariseus saíram e começaram imediatamente a entrar em conselho
contra ELE com os partidários de Herodes, a fim de O destruírem (Marcos 3.1-6;
Mateus 12.9-14).
A
segunda ocasião foi dois anos depois, apenas três dias antes de Jesus ser
crucificado, quando os fariseus e os partidários de Herodes se uniram para
testar Jesus na questão da tributação. Esses homens foram secretamente
contratados para “parecerem justos, a fim de apanhar Jesus na palavra, a fim de
entregá-lo para o governo e deixá-lo à mercê da autoridade romana” (Lucas
20.20).
Prefaciaram
a pergunta direta sobre o imposto com palavras de lisonja, destinadas a pegar
Jesus desprevenido. Jesus, porém, percebendo sua malícia, declarou “__Por que
me experimentais (ou tentais), hipócritas?”. Então, silenciou-os completamente
com a sua resposta sobre a questão do pagamento de impostos (Mateus 22.15-22;
Lucas 20.21-26).
Dr. Venâncio Josiel dos Santos -
Presidente da AELA/MS.
05-Mulheres da Bíblia
– Diná, a Filha de Leia e Jacó:
Diná
era filha de Jacó e de Léia (a primeira esposa dele) e nasceu em Arã, quando os
seus pais ali residiam. Ela tinha apenas seis anos de idade quando seu pai
voltou para Canaã, com as suas mulheres e os seus filhos, e se estabeleceu em
Sucote. Em hebraico, a palavra “Diná” significa “Absolvida”. E, em aramaico,
significa “Vindicada” (Gênesis 30.21-25; 31.41).
Tempos
depois, quando o patriarca Jacó residia com a sua família nas proximidades da
cidade de Siquém, Diná fez amizade com moças cananéias, residentes naquela
cidade, a quem ela costumava visitar freqüentemente, sempre indo sozinha nessas
visitas. Ela era ainda uma adolescente. Numa dessas visitas Diná foi violentada
por Siquém, filho de Hamor, o rei a cidade. Hamor havia colocado em seu filho o
mesmo nome da cidade que governava: Siquém.
Mas,
o príncipe Siquém estava verdadeiramente apaixonado por Diná. E, através de seu
pai Hamor, pediu em casamento a Jacó a mão de Diná, que lhe concedeu o pedido,
permitindo assim que o príncipe reparasse o erro cometido.
No
entanto, dois dos irmãos de Diná, Simeão e Levi, ficaram inconformados com o
fato. Eles não aceitavam a união de Diná com um não judeu (gentio). Assim,
tramaram uma terrível vingança, que ocorreu depois de decorridos três dias do
casamento de Diná.
Arbitrariamente,
sem o conhecimento ou o consentimento do pai, eles empreenderam uma campanha
traiçoeira e vingativa contra os siquemitas, matando ao rei Hamor, de Siquém, e
também o filho deste. Depois, saquearam toda a cidade, matando todos os homens
que encontravam, e levando consigo todo o gado e os tesouros que iam achando
pela frente. Ao final, levaram Diná de volta para casa (Gênesis 34.1-31). Tempos
depois, Simeão se envolveu em outro crime, quando ele e seus irmãos planejaram
matar José, também seu irmão (Gênesis 37.12-28,36).
Anos
mais tarde, tendo José sido nomeado governador do Egito, Simeão foi o escolhido
entre os 11 irmãos, para ficar preso, enquanto os outros voltavam para a casa
de Jacó, a fim de trazer para o Egito o irmão caçula de todos, Benjamim, que
ficara na companhia do pai (Gênesis 42.14-24, 34-36; 43.15,23).
Poucos
antes de morrer, ao abençoar todos os seus filhos, em seu leito de morte, Jacó
se lembrou das personalidades violentas de Simeão e de Levi, e da forma
traiçoeira como haviam tratado os siquemitas. Ao abençoá-los, exclamou:
“__Simeão e Levi são irmãos. As suas espadas são instrumentos de violência. No
seu secreto conselho, não entre a minha alma. Com a sua congregação, a minha
glória não se ajunte. Porque, no seu furor, mataram varões. E, na sua teima,
arrebataram bois. Maldito seja o furor, pois era forte! E, a sua ira, pois era
dura! Eu os dividirei em Jacó, e os espalharei em Israel” (Gênesis 49.5-7).
Desta
forma, Jacó eliminou qualquer esperança que Simeão pudesse ter, no sentido de
receber a primogenitura perdida pelo seu irmão mais velho, Rubem. Simeão teve
seis filhos varões. Um deles com uma mulher cananita. Assim, a tribo de Simeão
foi formada pelos seus seis filhos, de nomes: Jemuel, Jamim, Oade, Jaquim, Zoar
e Saul (Genesis 46.10; Êxodo 6.15).
Durante
a peregrinação de Israel pelo deserto, a tribo de Simeão acampava junto com as
tribos de Rubem e de Gade, ao sul do Tabernáculo, sendo a divisão das três
tribos encabeçada pala tribo de Rubem. Em marcha, mantinha-se essa mesma
posição tribal, servindo Salumiel como líder da tribo de Simeão, tanto no
acampamento quanto no exército (Números 26. 1, 2, 12-14).
Por
ocasião do primeiro censo, feito entre os judeus, um ano após a saída de Israel
do Egito, a tribo de Simeão tinha 59.300 varões com mais de 20 anos de idade,
aptos para o serviço militar (Números 1.1-3; 22,23).
No
entanto, 39 anos depois desse fato, o segundo censo revelou que a tribo de
Simeão havia sofrido grandes perdas, havendo agora apenas 22.200 varões na
mesma categoria anterior. Isso importava num decréscimo de mais de 62%, muito
mais do que as perdas sofridas por todas as outras tribos de Israel (Números
26. 1, 2, 12-14).
Conforme
fora profetizado pelo patriarca Jacó, o quinhão de Simeão não ficou junto com o
de Levi. Foram espalhados pelas tribos de Israel. Por fim, o quinhão de Simeão
acabou sendo dividido em cidades encravadas no território de Judá (Gênesis
46.10; Êxodo 6.15; 1º Crônicas 4.14; Josué 19.1). Quanto à Diná, anos mais
tarde, acompanhou a família de seu pai Jacó, indo morar no Egito, a convite de
seu irmão José, que era na época o governador de alimentos daquela nação
(Gênesis 46.7,15).
Dr.
Venâncio Josiel dos Santos - Presidente da AELA/MS.
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