Latitudes #66Concursos literários, editais, cursos de literatura, eventos literários e financiamentos coletivos entre 3 e 30 de novembro.Concursos literários e cursos de literatura3 de novembro[Brasil] Chamada de originais para 2026A Editora Littera Lux abre chamada para envio de originais de literatura (romance, crônica, poesia e conto) para compor a grade do primeiro semestre de 2026. Autores(as) interessados(as) podem participar pelos e-mails originais@editoralitteralux.com.br ou litteraluxeditora@gmail.com. As obras selecionadas serão publicadas ao longo de 2026. 4 de novembro[Brasil] Curso de dramaturgiaA Escola Baubo abre inscrições para uma oficina inédita de dramaturgia, ministrada por Carina Corá e Jéssica Barbosa. A atividade propõe estudo dos fundamentos da escrita teatral em ambiente colaborativo de criação e produção. 5 de novembro[Brasil] Chamada aberta para publicação de livrosA Editora Urutau recebe originais nas categorias poesia, novela, romance, conto, crônica e dramaturgia. Os livros selecionados serão publicados com todos os custos cobertos pela editora, e os autores receberão 10% de direitos autorais. As propostas devem ser enviadas por e-mail conforme orientações disponíveis no site da editora. 6 de novembro[Brasil] Oficina online de traduçãoInscrições abertas para a oficina online organizada pel’A Capivara Instituto Cultural que aborda a prática da tradução a partir da obra dos irmãos Campos, com encontros nas datas 06/11, 13/11, 27/11 e 04/12. As vagas são limitadas. 8 de novembro[Curitiba] Oficina de experimentação poética no Sesc PRO Sesc Paraná realiza, em 8 de novembro, a oficina “(Esc)ritos: encarnar-se”, que propõe exercícios de escrita poética e performativa a partir da corporeidade. A atividade é gratuita e acontece às 14h, na unidade Sesc da Esquina, em Curitiba. 9 de novembro[Brasil] Programa intensivo para escrita literáriaEstão abertas as inscrições para o “Desafio 90/90”, programa intensivo da Escola de Escritoras que começará em 10 de novembro de 2025. O curso é voltado para projetos literários de autoria feminina. 10 de novembro[Brasil] Chamada para autoras Selo Off FlipO Selo Off Flip abre inscrições gratuitas para textos de autoria feminina (contos, crônicas e poesias com até 30 linhas) para compor o quarto volume da coleção Nós, com publicação prevista durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) de 2026. A premiação total é de R$ 15 mil, sendo R$ 5 mil para cada primeira colocada nas três categorias. 14 de novembro[Brasil] Edital Itaipu de Seleção Pública de Ações Artístico-CulturaisA Itaipu Binacional abriu inscrições para seu edital de patrocínio a projetos artístico-culturais, com investimento total de R$ 4 milhões. Podem se inscrever entidades sem fins lucrativos com ao menos 12 meses de existência legal, sediadas em municípios do Paraná ou em 35 cidades de Mato Grosso do Sul. 16 de novembro[Porto Alegre] Oficinas da 71ª Feira do Livro de Porto AlegreDurante a 71ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, que acontece até 16 de novembro, serão oferecidas oficinas gratuitas para diversos públicos, com temas como poesia erótica, organização de bibliotecas particulares e escrita criativa. [Brasil] Microbolsas para reportagens sobre os super-ricosA Agência Pública abre inscrições para a nova edição de suas Microbolsas, que vai selecionar quatro propostas de reportagens investigativas sobre a elite econômica brasileira e a justiça tributária. Cada projeto contemplado receberá R$ 10 mil. As inscrições são gratuitas e devem ser enviadas via formulário no site da Pública. 22 de novembro[Brasil] Prêmio Carioca de ContoO Prêmio Carioca de Contos estreia em 2025 e está com inscrições abertas. A iniciativa valoriza a produção literária dos bairros e territórios do Rio de Janeiro, com formação, mentorias e publicação coletiva dos 20 autores selecionados. [Brasil] Curso “Automação de Processos Editoriais com Inteligência Artificial”A LabPub oferece o curso online “Automação de Processos Editoriais com IA”, voltado a profissionais do mercado editorial que desejam otimizar fluxos de trabalho com ferramentas de inteligência artificial. O curso é ministrado por especialistas em tecnologia e edição. 30 de novembro[Brasil] Chamada para equipe de poetas Fazia Poesia 2026Em novembro, o portal Fazia Poesia abre a já tradicional chamada da equipe de poetas para o ano seguinte. O modelo seguirá o mesmo dos anos anteriores, com a premissa de que todos tenham uma leitura atenta ao edital e preencham corretamente o formulário de inscrições, no qual alguns poemas devem ser submetidos. Mais informações no Instagram do portal. [Brasil] Prêmio Literário Primavera EternaAutores e autoras de qualquer nacionalidade podem inscrever obras nas categorias conto, crônica, carta, poema, ensaio e fábula/parábola, com tema “Histórias de Amor”, do prêmio organizado pela editora Typus. A premiação total é de R$ 18 mil distribuídos entre seis categorias. Feiras e festivais literáriosFestival ZUM 2025Entre 1º e 2 de novembro, o Instituto Moreira Salles - IMS Paulista, em São Paulo (SP), recebe a 10ª edição do Festival ZUM, evento gratuito que celebra fotografia contemporânea e cultura visual. Com debates, oficinas e feira de fotolivros (mais de 30 editoras, coletivos e artistas), o festival conta com participações de nomes como Lilia Schwarcz, Mayara Ferrão e Melissa de Oliveira. Todas as atividades terão tradução em Libras, reforçando o compromisso com a acessibilidade. Encontro Ler, Pensar e Fazer Literatura FantásticaDe 3 a 7 de novembro, o Encontro Ler, Pensar e Fazer Literatura Fantástica será promovido online pelo canal do escritor Paulo Henrique Passos, com acesso gratuito via YouTube. A iniciativa reúne autores, críticos e leitores para abordar o processo criativo e a reflexão crítica sobre o gênero fantástico no Brasil, com debates como “Por que ler literatura fantástica?”, “Distopias de autoria feminina” e oficina de miniconto. 71ª Feira do Livro de Porto AlegreAté 16 de novembro, a 71ª Feira do Livro de Porto Alegre toma a Praça da Alfândega, em Porto Alegre (RS), com mais de 79 bancas e uma programação intensa. Nesta edição, a patrona é a escritora Martha Medeiros, que baseia sua homenagem aos 40 anos de escrita em suas obras mais reconhecidas. O evento reúne debates, lançamentos, espetáculos teatrais e atividades para crianças. A programação é gratuita e aberta ao público. 1º Festival Literário Indígena em São PauloDe 18 a 23 de novembro de 2025, o evento organizado pelo Museu das Culturas Indígenas em São Paulo (SP) marca a estreia de um encontro dedicado à literatura indígena brasileira. Com o mote de homenagear a geração pioneira de escritores indígenas, como Daniel Munduruku, Eliane Potiguara, Graça Graúna, Olívio Jekupé e Ailton Krenak. A programação inclui mesas de debate, leituras, lançamento de obras e oficinas que colocam em foco perspectivas indígenas da criação literária, com entrada gratuita ao público. Festa Literária de Ouro Preto - FLIOP 2025De 20 a 23 de novembro de 2025, o Grande Hotel de Ouro Preto (MG) será palco da FLIOP, voltada para a celebração da identidade mineira, com a escritora Maria Valéria Rezende como homenageada. Organizado pela Caravana Grupo Editorial, em parceria com a Prefeitura de Ouro Preto, o evento conta com curadoria de Leonardo Costaneto e promove diálogos entre literatura, identidade e questões étnico-raciais, além de mesas, saraus, lançamentos e feira de livros. A programação é gratuita. Festa do Livro da USP 2025A 27ª edição da Festa do Livro da USP ocorre de 26 a 30 de novembro de 2025, no campus da Universidade de São Paulo (Av. Prof. Mello Moraes, Travessa C, Cidade Universitária - SP). Serão cerca de 210 editoras confirmadas, incluindo cinco novas participantes (Ars et Vita, Darkside, Rocco, Seiva e Tabla). O evento aproxima o leitor com editoras de pequeno e grande porte, com bons descontos, e reforça o protagonismo da leitura e da diversidade editorial. Financiamentos coletivosContos dos Orixás: YemanjáEstá no ar no Catarse, até 22 de novembro, a campanha para financiar Contos dos Orixás: Yemanjá, HQ escrita e ilustrada por Hugo Canuto. A obra dá continuidade à série inspirada nos mitos iorubás e traz a força da rainha dos mares em uma nova narrativa de fantasia e ancestralidade africana. O projeto busca ampliar o universo iniciado com Contos dos Orixás e oferece recompensas que incluem edições impressas, pôsteres e artes exclusivas. Um coração azul infinitoA campanha lançada na Benfeitoria segue aberta até 5 de novembro para financiar a publicação do livro de poesias “Um coração azul infinito”, de Rodolfo Hipólito, a ser publicado pela Editora Urutau.  | 
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segunda-feira, 3 de novembro de 2025
Latitudes #66
terça-feira, 28 de outubro de 2025
Crônica do dia: Charlotte, e o triângulo vermelho!!! O trítono para além da escuridão
Crônica do dia: Charlotte, e o triângulo vermelho!!! O trítono para além da escuridão
''Eu navego pelo mar...
Da tranquilidade!
Eu tenho esperanças renovadas!
Pois tenho pensamentos probos.
Eu tenho pensamentos bons,
Eu sou uma pessoa muito feliz...
Mesmo sabendo...
Que tenho um longo...
E tortuoso caminho para percorrer! ''
Samuel da Costa
O som da pá a cavar soa como a Diabolus in música, o trítono, aquele demoníaco intervalo musical de três tons inteiros tão temidos na longínqua Idade Média. Pelo menos para Gertrudes Martin, agora Katharina Dúbios era algo tão comum como acordar pela manhã.
— Será que ele dá conta do recado? — Perguntou com desdém Gertrudes Martin.
— Dá conta sim! Na minha casa é ele que racha a lenha! — Respondeu Katharina Dúbios.
— Na minha casa temos o Felisberto! — Retrucou Gertrudes Martin
— Nossa senhora, que privilégio! — Comentou Katharina Dúbios.
As duas mulheres de meia idade, levantaram as garrafas individuais de gasosas e brindaram. Estava de costas para o mar bravio, estavam sentadas em cadeiras de praia, usavam óculos escuros, estavam vestidas à moda veranistas acidentais em uma praia isolada agreste pouco frequentada e difícil acesso. Olhavam Klaus Von Marx, com as mangas da camisa branca arregaçada, com uma pá cavando uma cova rasa.
— Tu conferiste se Margarida Cohen, está mesmo morta? — Perguntou a paisagista Gertrudes Martin.
— Margarida Cohen? Margarida Correia ora bolas! E é claro que está viva minha querida, a sirigaita metida a bailarina está somente desmaiada — Respondeu Katharina Dúbios, que por anos trabalha como boticária.
— Bom saber! — Disse Gertrudes Martin
E de fato assim que Klaus Von Marx, ou Cláudio Marques jogou o corpo da bailarina na cova rasa, ela se mexeu, para o desespero do médico prussiano. Que se virou em abrupto para as duas mulheres, elas que respetivamente apontavam e dispararam simultaneamente pistolas Luger P08 nos ombros do médico, que se projetou para trás e caiu em cima da bailarina que murmurava palavras desconexas.
— Agora é a nossa vez de trabalhar um pouco! — Falou Katharina Dúbios um tanto chateada.
— Um pouco de esforço físico faz bem e antes que perguntes, vamos plantar uma linda jabuticabeira hoje.
As duas mulheres se levantaram, calçaram as suas luvas de couro cru, pegaram as pás que estavam ao lado das cadeiras de praia, em simultâneo jogaram as pistolas Luger P08 na cova rasa. E começaram a jogar terra em cima do casal de amantes clandestinos.
— E antes que me pergunte comprei as passagens de trem para a cidade mais longe que pude encontrar e doei para um casal desconhecido — Falou Katharina Dúbios, enquanto jogava terra na cova rasa.
— Nos nomes de Margarida Correia e Cláudio Marques creio eu! E eu também comprei passagens de navio para o feliz casal Klaus Von Marx e Margarida Cohen, vão embarcar daqui a pouco, também fiz a caridade de doar as passagens para um casal desconhecido e suspeito — Confidenciou Gertrudes Martin para a sua cúmplice.
As ondas quebravam na orla marítima, acomodadas em suas respectivas cadeiras de praias, as idosas Katharina Dúbios e Gertrudes Martin estavam em total silêncio, estavam usando um biquinho de peça única e atrás das duas respeitadas e bem sucedidas senhoras. As duas amigas levantaram os seus respectivos refrigerantes e deram um brinde, um pouco atrás das duas veranistas acidentais, uma frondosa jabuticabeira reinavam absoluta, dando os seus frutos por anos. Frutos que por algum motivo eram ignorados por qualquer ser vivente, ao longe um galeão espanhol despontou no horizonte, era um teatro pirata bufo para entreter turistas naquela baixa temporada.
Fragmento do livro: Do diário de uma louca, texto de Clarisse Cristal, poetisa, contista, novelista e bibliotecária em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Arte digital de Clarisse Costa, é designer gráfico, poetisa novelista, contista e cronista em Biguaçu, Santa Catarina.
domingo, 26 de outubro de 2025
Crônica do dia: Charlotte, e o triângulo vermelho!!!
Crônica do dia: Charlotte, e o triângulo vermelho!!!
Quando anoitece, a minha mente fica inquieta,
Tenho necessidade de escrever e ler, até que eu possa adormecer.
Caminho de acordo com o vento, deixando o meu rastro,
Conhecendo mundos opostos, assim crio minhas histórias, utopias,
Muitas vezes complexas e outras não.
Fabiane Braga Lima
A casa no alto da colina, ao pé de uma pequena cadeia de morro à beira-mar, não destoava das casas vizinhas, pelo menos não pela opulência e sim pela arquitetura pós-modernista e pintura opaca verde e branco. O que também destoava naquela suntuosa mansão, naquela rua sem saída, era a sua funcionalidade, pois a residência fora adaptada para ser uma clínica de fisioterapia e casa de repouso. O bairro requintado, a rua sem saída, próxima de uma rodovia movimentada, no entre cidades, o entorno da mata-atlântica, relativamente próximo do mar, fazia aquele o lugar ideal, para aquele pólo, de uma sofisticada rede de saúde pública-privado. A companhia Bernard e Kerber, de consultoria médica e de saúde, era na prática, uma informal rede ampla e complexa de consultórios médico, odontológico, psicológico e oftalmológico, casas de repouso, hospitais, laboratórios de análises clínicas, fornecedores e destruidores de suplementos médicos, hospitalares e alimentares para pessoas com restrições alimentares. Uma rede empresarial e de profissionais liberais, ligado e interligado a família Bernard e Kerber, uma rede construída e constituída por laços familiares e suas trocas de cartões de visitas.
— O que a doutora Charlotte propõe é absurdo e eu não posso dizer de outro jeito! — Disse Margarida Cohen e levou uma xícara de chá aos lábios e continuou — Ir à praia? Muitos de nós, nem consegue sair da cama.
O semicírculo, de senhoras de idade avançada, tinha a sua frente a psicóloga Charlotte Bernard Kerber, a psicóloga, dona e diretora do espaço onde ocorria o conclave.
— Eu não sei Guida, eu não aguento mais ficar presa aqui, presa neste lugar! Tu ainda voltas para casa, nos finais de semana, nós ficamos aqui! — A voz de Rosa Schneider trovejou pela sala de reuniões.
Margarida Cohen, ficou chocada com a fala da outra, de interna de tempo integral, Margarida Cohen, acostumada a não ser contrariada, por uma antiga subalterna agravava ainda mais a situação.
Elise Meyer, que estava ao lado de Margarida Cohen, levantou a mão, ou tentou, pois Margarida, segurou a mão da mesma.
— Eu concordo, faz tempo que eu não uso, o meu biquíni fio-dental peça única! — Falou a octogenária Elise Meyer, florista aposentada, a voz da idosa, também trovejou pela sala, seguida de um silêncio constrangedor, seguido de risos discretos e risadas estrondosas.
E assim o debate se sucedeu, pois Adelaide Schmidt, Juliette Müller, Genevieve Weber, Jeanne Schneider, Marie Meyer, Elisabeth Muller, Gertrudes Martin e Katharina Dúbios de forma variada concordaram com Charlotte Bernard Kerber.
Um senhor de cabelos brancos, em uma cadeira de rodas elétrica, passou na frente da porta da sala onde o conclave ocorria. Margarida Cohen, enfurecida, se levantou e saiu da sala, os saltos altos de madeira batiam com força no chão frio de mármore branca. Um silêncio glacial tomou conta da sala de reunião, dando termino a sessão de terapia coletiva. Charlotte Bernard Kerber ergueu a mão direita aberta e moveu da direita para a esquerda, a porta da sala se fechou com força e olores de lírios e rosas fluíram no ambiente.
— Até agora eu não entendi direito, qual é a proposta! — Disse com a voz trêmula, Katharina Dúbios, a secretária executiva aposentada.
Todas as senhoras de idade avançadas, na sala, olhavam para Charlotte Bernard Kerber, com certa curiosidade. Pois todas ali, foram convidadas para aquele conclave, todas foram visitadas em sonho, por Charlotte Bernard Kerber. Não estavam em oníricos jardins esplendorosos, nem na exuberante e quimérica cidade das nuvens ou mesmo no deserto desolado da rainha Afra Luna Dark e em nenhum lugar da terra dos sonhos. Era um recanto quase inacessível da Praia dos amores, uma pequena praia rochosa próxima uma morraria coberta pela mata-atlântica, ali Charlotte Bernard Kerber, fez em datas variadas um convite a todas e a única que recusou foi Margarida Cohen. Tendo um magnificente galeão espanhol, com pano de fundo ao arrebol, os grasnares estridentes de gaivotas, que flanavam próxima a orla, até um dirigível que singrava no horizonte, até surgir um portal, a belonave entrou na Ponte Einstein-Rosen, o buraco de minhoca desapareceu logo depois. E todas tiveram a estranha sensação de já ter presenciado a cena anteriormente. Margarida Cohen, era a única que não lembrava do estranho sonho, ver uma versão mais Charlotte Bernard Kerber, ela vestida com brancos trajes cerimoniais, ornada com emblemas desconhecidos na nossa realidade.
— Simples senhoras e senhoritas, o que o triângulo vermelho, oferece é uma oportunidade única e para poucos! — Disse Charlotte Bernard Kerber, os olhos cinzas, a pele esbranquiçada e os cabelos negros, ditaram o tom da conversa, pois a senhora frágil, grisalha e de olhos claros tinham desaparecido! — É voluntário, aqui ninguém é obrigada nada, é uma mistura do que vocês querem, do que vocês merecem, do que se pode oferecer. Às vezes é um vislumbre do passado, um breve momento no presente e um olhar no futuro.
— Tudo um tanto vago e indefinido minha cara! — Disse Gertrudes Martin, a estenógrafa aposentada, em um dialeto estranho, que a falante não soube explicar como proferira tal fala, em um idioma estranho as mulheres ficaram estupefatas, por compreenderem a fala de Gertrudes. E em uma olhada rápida, todas perceberam que tinham rejuvenescido e usavam batas brancas cerimoniais, diademas de ouro cravejados de joias, gargantilhas, pulseiras e anéis, com designers que não pertenciam a este plano.
Charlotte Bernard Kerber, somente sorriu para as mulheres, os dentes alvos e os olhos acinzentados e o belo rosto moldado pelas madeixas, que caíram nos ombros, retratou uma cena já vista anteriormente pelas jovens senhoras naquele conclave.
Fragmento do livro: Do diário de uma louca, texto de Clarisse Cristal, poetisa, contista, novelista e bibliotecária em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Arte digital de Clarisse Costa, é designer gráfico, novelista, contista e cronista em Biguaçu, Santa Catarina.
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Afinal, o que é que ainda não foi desenterrado? ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏...
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Por Jussara Zanatta Membro Correspondente da ALB-MS É um galope... Um trotar para a luz Uma realização interior Uma história de amor.....
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Concursos literários, editais, cursos de literatura, eventos literários e financiamentos coletivos entre 4 de fevereiro e 2 de março. ͏ ...