segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Re: Mundo Melhor!

Eu te amo é surreal

 

Porque esse lance do "eu te amo" é surreal, uma ora aquela pessoa diz amar com tanta facilidade outra ora você nem sequer existiu nesse sentimento. E o mundo pintado é cor de rosa, porque não cabe outras pessoas nem outros amores além de você. Mas é tudo um faz de conta. Algo irônico que vem dessa ideia do "felizes para sempre" idealizado pelos contos infantis. Como bem sabemos a perfeição é feita de imperfeições.

De uma canção que você acaba de escutar você diz "essa é a nossa música", constrói a primeira memória de uma história fantasiada. Diz saber quem ela é, traça planos, mas na verdade suga dela todas as suas energias. Não é amor é uma brincadeira idiota sua! Porque esse lance do "eu te amo" te dá a ideia de ter todo mundo do seu lado, principalmente aquela pessoa.

Nesse teu jogo o que está em primeiro lugar, amor ou desejo? O corpo fala, mas é a alma que faz a travessia até ao coração. Então não peça para que fique ou que te dê uma chance. Se não for de verdade não plante falsas expectativas, isso acaba com qualquer esperança de alguém.

Clarisse da Costa é cronista e designer gráfico em Biguaçu, Santa Catarina.

Contato: clarissedacosta81@gmail.com

 

 

Brian — primeira parte

 

Começo de semana e de repente, tem o meu reencontro com Brian pelos corredores, os nossos horários eram diferentes, eu sempre chegava mais cedo no trabalho. Para mim não é nada fácil, estou perdidamente apaixonada por Brian. E como não bastasse o meu drama, vê-lo sempre rodeado por mulheres lindas e interesseiras não é fácil.

Brian é um empresário dinâmico, muito interessante e também é um rico dono de uma grande concessionária de carros e motocicletas, que explora desde as linhas veículos mais populares e de luxo, esportivos e utilitários. 

         Novamente, meu coração acelerou e lá estava ele, elegante sentado em seu escritório compenetrado trabalhando. Bom, ele estava escrevendo no computador, pensei que iria passar rápido para ele não me ver. Então, fui trabalhar, chega desta história de menininha apaixonada.

    — Ei Sara, porque não me cumprimentou!? — Falou alto ao me ver passar apressada na frente da sala dele! A voz dele chegou em mim a poucos passos da porta de Brian. Dei uns passos para trás e tive que encarar o meu chefe e o meu destino.

    — Estava apressada, desculpe-me...

    — Boa garota, claro que a desculpo, entre aqui menina e vamos conversar.

    — Não posso chefe, estou atrasada com o meu trabalho! — Falei aflita, estava parada na frente do escritório dele.

    — Entra aqui mulher! Preciso que tu me faça um favorzinho! — Me deu uma ordem em um tom sedutor. 

      Dei uns passos para dentro do escritório de Brian e ele me puxou pelos meus braços. Ele baixou as persianas, deixou o ambiente à meia luz  e ali mesmo, na mesa do escritório fizemos amor. A cena se repetiu por um tempo, mas um dia eu disse um grande basta para mim mesma, preciso colocar um fim naquela situação, além de tudo ele é meu chefe.

         —  Eu estou adorando a nossa situação! E agora? Quero um homem só meu! — Falei depois do nosso sexo casual.

         — Olha garota amanhã, tenho uma surpresinha para nós dois, vamos à minha casa da praia? — Falou sorrindo com os olhos.

          Eu curiosa e quieta apenas concordei com a cabeça, eu não sabia aonde estava indo a nossa aventura. Uma aventura perigosa, eu estava cansada de me apaixonar e me machucar e a aventura com o meu chefe não estava ruim, só estava incompleta.  

         — Claro que quero Brian! — Falei não escondendo o meu entusiasmo.

        Continuação...

Fabiane Braga Lima é poetisa e contista em Rio claro, São Paulo.

Contato: bragalimafabiane@gmail.com







 Brian - segunda parte

    

       Fui convidada para um jantar especial, na casa de Brian. Chegando lá, não havia quase ninguém, a não ser, seu pai que se encontrava doente. Bom, a mesa estava farta, estranhei!  Praticamente só havia somente nós os três, minutos depois o pai se recolheu aos seus aposentos. Então Brian, colocou uma música romântica, e me convidou para dançar, não recusei.

       Meu coração ainda batia acelerado de sentir sua pele sobre a minha, estava completamente excitada. Pedi licença, e eu disse para ele que eu iria retocar a maquiagem. Era mentira, eu precisava respirar para que pudesse voltar ao normal.

    – Bom, chegou a hora do jantar! – Disse Brian com sorriso malicioso nos lábios. Enquanto me segurava com seus braços másculos.

    – Sim, estou faminta! – Eu sussurrei no ouvido dele.

    – Humm.... que bom teremos uma noite longa.

       De mãos dadas fomos para a sala de estar, a mesa estava fartamente posta e sentamos. Eu senti o pé dele sobre minhas pernas trêmulas. O pé de Brian, por debaixo da mesa, subia cada vez mais alto. Ele estava passando de todos os limites, e sinceramente, estava adorando.

       Brian abriu um vinho e encheu duas taças, tomamos as duas taças sem tirarmos os nossos olhos famintos um do outro! E de repente ele pegou a minha mão, me levou até a piscina, tirou meu casaco, e disse- me:

    – Entre, a água está morna, a piscina é aquecida! – Disse olhando nos meus olhos.

       Ele me despiu bem devagar deixando semi nua, ele se despiu diante de mim também ficando seminu e entramos na piscina de águas mornas e eu com o meu coração acelerado. Brian estava lindo, como resistir aquele másculo corpo perfeito?                 

      Enfim, ali sobre as bênçãos da noite enluarada nos beijamos perdidamente e nós amamos intensamente.

Fabiane Braga Lima é poetisa e contista em Rio claro, São Paulo.

Contato: bragalimafabiane@gmail.com

 

 

O Hussardo e o Diadema Amarelo: Champagne Rosé gelado

 

Luna parou e olhou a pianista, que entrou em cena de forma magistral, como se fosse uma diva, que de fato era. Uma mulher pequena usando um pomposo uniforme militar, um uniforme de gala, um hussardo. Luna, se perdeu nos ricos detalhes dourados do garboso vermelho uniforme militar.

A pianista se curvou como se estivesse diante de um plateia, a musicista se voltou para o piano de cauda e se sentou, tirou da cabeça e atirou no chão o chapéu vermelho de colbaque e ergueu um luxuoso estojo de joia e sem presa alguma vestiu um diadema amarelo na cabeça. 

 Luna reconheceu a musicista, era Madalena, a famosa performacer Madalena, um sorriso brotou na face de Luna. Fazia um tempo que figura etérea de Madalena povoava a mente de Luna, o nome de Madalena eram sussurros aqui e ali, sempre aparecia de forma velada, sempre nas rodas mais exclusivas. 

Madalena começou a dedilhar nas alvas teclas de marfim do piano de cauda, um melancólico ragtime, foi executado muito veloz e sombrio e quando Madalena começou a cantar em língua inglesa, em uma voz em falsete. As palavras chegavam para Luna de forma difusa, Luna queria chorar, e de fato chorou. E o sotaque da musicista era estranho, demorou para Luna identificar, mas logo identificou o sotaque rural do sul da Inglaterra. As palavras Carcosa, as estrelas Aldebarã e Híades e o lago de Hali, chegavam à Luna de formas avassaladoras e aterradoras.

Mas a realidade se impõe, Madalena e seu espetáculo tétrico tinha que ficar para trás em definitivo. Luna tomou fôlego e mergulhou na completa escuridão, Luna adentrou no lounge, apesar da escuridão, a escritora enxergava como se fosse o mais claro dia de sol em dia de verão e logo ela reconheceu Camilla, sentada à esquerda. O anjo negro, como era conhecida, estava sentada com os braços em posição de cristo crucificado. Camilla com seus longos, lisos cabelos perolado, negros como a mais escura noite, exclusivos brincos de prata, batom azul escuro, longas unhas pintadas de vermelho sangue e toda vestida de negra. A escritora se perdeu em cada detalhe das vestes de Camilla, até que um sorriso malévolo lhe brotou no rosto: — Bem vinda a minha teia, disse a aranha para a mosca! — Camilla falou sem abrir a boca.

Luna procurou e encontrou o outro lado da moeda, Cacilda estava sentada no lado direito da Camilla. Cacilda com seus cabelos platinados, seios fartos, estava vestindo um clássico e vaporoso vestido medieval branco, seus dedos repletos de anéis de prata e ouro, seus olhos castanhos, eram duas adagas mortais. Aquela era a dama da noite, assim era conhecida e reconhecida, uma fina e delicada piteira rosa, nas mãos de Cacilda e pequeno narguilé personalizado na frente dela. Luna pensou que as duas criaturas da noite eram bem servidas com estilistas e designers exclusivos e talentosos somente para servi-las.  

— Bem vinda ao Hell-fire Club, minha querida dramaturga! — Falou Camilla em alto e bom som! Cacilda riu bem alto, como se fosse uma criança má, que acabara de fazer um traquinagem qualquer. A cabeça de Luna girava e girava, entre sensações obscuras, olores avassaladores e sabores inefáveis percorriam no âmago mais profundo. Até uma vertigem de quem cai em uma profundo abismo negro a trouxe para a realidade.  

— Sentisse meu bem! Não vai demorar muito! — Disse Camilla por fim.

Luna obedeceu e ao sentar na frente da Camilla e de repente, sentiu a necessidade de beber algo bem gelado. Foi quando um homem alto, musculoso com o dorso nu apareceu de repente, adentro no lounge. Estava segurando uma bandeja de prata, um balde champagne amarelo ouro e uma delicada taça de cristal. O homem, dispôs a taça na mesa e abriu a garrafa de champagne rosé de, de forma solene encheu a taça diante de Luna e deixou o balde em cima da mesa e foi embora. Luna percebeu delicados traços finos do homem . A escritora percebeu que estava em meia a duas nobres, membros de uma realeza obscura.

— Pensei que hoje era a noite somente das mulheres e homens não estariam aqui hoje! — Luna falou quando o garçom deveria estar bem longe! Cacilda riu alto mais uma vez, dessa vez foi um riso forçado, como que escuta uma piada sem graça.

— Grege Sanders! O nosso amigo em comum, nos confidenciou que queres uma audiência com o nosso amigo em comum, Calibor! — Disse Camilla entredentes, que não abandonou a sua posição. 

— Eu bem queria, mas...    

— Estamos além destas bobagens, minha querida escritora e os teus infinitos quereres, achares, estão para muito além, do que a senhora possa imaginar, o mundo em vigília agora é só um detalhe menor. O que te guiou até aqui para nós em nada quer dizer — Disse Camilla, que abandonou a antiga posição e foi buscar um cigarro na mesa. Tirou dois cigarros, e ofereceu um para a dramaturga, que aceitou e levou até a boca, Camilla fez o mesmo. Camilla acendeu um fósforo e acendeu o cigarro de Luna e depois acendeu o seu próprio cigarro. Camilla tragou comprazer e expeliu a fumaça no ar, Luna fez o mesmo.     

 Mas antes irás fazer um servicinho para nós! — Decretou Cacilda como se fosse uma juíza que acabara de sentenciar um réu a morte. — Como a minha irmã disse estamos muito além das banalidades fúteis do mundo em vigila.   

Samuel da Costa é poeta, novelista e contista em Itajaí, Santa Catarina.

Contato: samueldeitajai@yahoo.com.br

 

 

O hussardo e o diadema amarelo: um mergulho na escuridão

 

            As negras longas hastes finas das negras luminárias pendiam do teto, na ponta do bocal em formato de meia lua e as suas luzes amarelas frias, produziam ilhas de luzes, em meio ao breu absolutos do ambiente álgido. A pista de dança vazia e o silêncio sepulcral imperava no lugar. Aflita, Luna caminhou lentamente, ia em direção ao palco, no final da pista de dança. E Luna admirou os lounges, era nichos quadrados de madeira envernizadas. Pequenos cercados de um metro de altura, mergulhados na completa escuridão e Luna pode escutar sussurros e gemidos vindos dos espaços.     

Duas mulheres, de corpos esculturais, abraçadas, que caminhavam em direção a Luna, davam risadas leves e nada discretas. Estavam seminuas, com trajes sumários, uma muito jovem, corpo escultural, tinha a pele amendoada e com os olhos negros rasgados, usava um diadema amarelo, ricamente ornado de joias. Luna tentou absorver o sofisticado design da peça, ela não soube responder às inúmeras perguntas, a única certeza era que a peça era cara, rara e exclusiva, pensou ela. A outra era loura de meia idade, com profundos e misteriosos olhos verdes, e corpo atlético coberta de tatuagens orientais pelos corpo, Luna calculou que eram duas modelos fotográficas.

            As duas passaram ao largo de Luna, como se ela simplesmente não existisse, Luna olhou para trás e viu horrorizada tentáculo negros saírem de um lounge e tragar as duas mulheres, para dentro da escuridão em poucos segundos. Um esguicho de sangue jorrou, histéricos gritos de horror ecoaram. Luna fechou os olhos e viu as duas mulheres impávidas andando felizes e a poça de sangue havia desaparecido.

            Luna retomou a marcha, pensando que tipo de encrenca Grege Sanders a tinha enfiado.

Texto de Samuel da Costa é poeta, novelista e contista em Itajaí, Santa Catarina.

Contato: samueldeitajai@yahoo.com.br

 

 

 

 



Em sábado, 31 de dezembro de 2022 16:02:17 BRT, Marcelo ESCRITOR de Oliveira Souza <marceloosouzasom@hotmail.com> escreveu:


🤔Mundo Melhor 🌹

Estamos em convulsão
Corona vírus  na nossa mão,
Muitos diziam que iam partir
Outros que ia ter confusão.

Doença na humanidade
Milhão contra milhão,
A moléstia de verdade
Não traz reflexão.

O povo perdeu a humanidade
Irmão matando irmão
Casais tornando-se mortais
Sem fé no coração...

Roubos, xingamentos, ostentação
O mundo é uma bola
Agonia que assola
 Rola até  perseguição...

A necessidade de um mundo melhor
É a nossa grande missão,
Mas não adiantam palavras
Sem prática e união.

Vibremos positivamente
Com todo coração
Gente amando gente
É a grande lição.

Nessa  História intermitente
Nós somos alunos, minha gente!
Vivemos a nossa vida
E Logremos aprovação.


Marcelo de Oliveira Souza,IwA
Que 2023 tenhamos um mundo melhor🌹🏆
FELIZ ANO NOVO🌹🥳
Do blog http://marceloescritor2.blogspot.com
Instagram e tiktok: marceloescritor

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