sábado, 26 de fevereiro de 2022

Carnaval




Carnaval


A alegria chegou

O trio elétrico passou

A multidão também,

Alguém ficou

Caído no chão!

Uma arma de encontrão

Furou o pulmão

Todos gritando

Indo atrás da atração.

Gente de montão

Felicidade de milhão!

Em todo lugar uma transmissão!

Em outros lugares empurrão...

Ali no cantinho um chupão

Mais à frente cervejão!

O malhado valentão

Terminou na prisão,

Levou um cachação!...

Todo mundo vira multidão

Camarotes do barão

Folia bem diferente, não?

Mas também tem o folião

Dos blocos e do arrastão...

Nas cinzas ainda não basta, não!

A tristeza do cordão

Que virou cordeiro,

Trabalhou e dançou

Mas acabou sem dinheiro na mão!

Mais triste ainda quem gastou...

E nem  chegou a brilhar

Mas terminou a quarta feira

Beirando o caixão!

Esperando a reencarnação

Para voltar à folia

Com toda energia

Ver tudo recomeçar!



Marcelo de Oliveira Souza ,IwA

Do Blog: http://marceloescritor2.blogspot.com

Instagram: marceloescritor

pix: marceloescritor2@outlook.com






Marcelo de Oliveira Souza,IWA -  Salvador - BA - Brasil
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras
 e
 Prêmio Literário Escritor Marcelo de O. Souza
Curador da Exposição Literária que leva seu nome, com placas espalhadas pelo mundo.
Instagram: @marceloescritor
* Ajude na manutenção dos nossos projetos com qualquer valor: pix: marceloescritor2@outlook.com

Autorizo Publicação!

Cinco títulos lançados com gêneros literários  diversificados; Duas vezes Dr. H.C.  em Literatura, pela FEBACLA e EscBrás respectivamente; Embaixador da Poesia, nomeado pela Academia Virtual de Letras Artes e Cultura, MG; Ganhador do Prêmio  Personalidade Notável  2014 em Itabira MG ; Membro   da IWA  International Writers and  Artistis – EUA ;  do  Núcleo Acadêmico de Letras e Artes , Lisboa; da Academia de Letras de Teófilo Otoni MG; da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências RJ;  da Academia de Letras e Artes de Cabo Frio  RJ; da confraria de Artistas e Poetas pela Paz – CAPPAZ ;da Academia de Letras do Brasil/MS ; Academia de Letras e Artes de Feira da Santana BA; da Associação de Poetas de Portugal, Academia  Literária  Internacional ALPAS 21, Cruz Alta RS;Academia Caxambuense de Letras, MG , entre outras. Organizador do Concurso Literário Anual POESIAS SEM FRONTEIRAS  e Prêmio Literário Escritor Marcelo de Oliveira Souza,IWA;    Curador da Exposição Permanente que leva seu nome e trabalho para dentro e fora do país. Instagram: marceloescritor. 


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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

OFICINA ESCRITA CRIATIVA - CONTOS

Olá!

Que alegria falar com você.

 

Quero convidar você a estar conosco na OFICINA DE ESCRITA CRIATIVA na qual a professora Dra. Maria Teresa Freire falará sobre o gênero CONTO. A oficina será online e 100% gratuita.

 

- Dia 24 de fevereiro, às 19h30, pelo Zoom, somente pessoas inscritas

 

 

Enviem a ficha de inscrição aos seus contatos.

Ainda dá tempo

 

Ficha de inscrição para a oficina pelo Zoom

 

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeO5FmJgBv8lmNwaKMyavTjFQFAZ2IbyOOlGLyc3OKre3-A5A/viewform?usp=send_form

 

Nos encontraremos na Casa do escritor NETWORKING E ARTE para falarmos sobre CONTOS.

 

Até lá.

 

Leni Zilioto

66 99966 2765


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Limite!



Limite 

 

Dor adiante 

Ainda constante 

Uma força inatingível 

Que às vezes atingimos 

Fora da medida, 

Numa dor desmedida. 

 

O corpo humano 

É máquina maravilhosa 

Músculos saltam doravante! 

Num exercício inconstante 

Chegando ao limite... 

      ... Para... 

E se recompõe num instante! 

 

 

 

Marcelo de Oliveira Souza,IwA 

2x Dr. Honóris Causa em Literatura 

Do blog: http://marceloescritor2.blogspot.com 

Instagram: marceloescritor 

 

 


Marcelo de Oliveira Souza,IWA -  Salvador - BA - Brasil
Escritor e  Organizador do Conc Lit Poesias sem Fronteiras
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

"Essência Poética" — literatura brasileira contemporânea

Caros amigos.

 

Recém lançado, o livro "Essência Poética" destaca a trajetória artística do artista-plástico Chico Silva e do escritor Eduardo Waack. Em suas páginas, poesias, gravuras, análises críticas (a cargo da escritora Djanira Pio e do galerista e marchand Cloves Reis) e biografias. Impressão colorida, miolo em papel sulfite 120gr, 44 páginas tamanho 22,5cm x 15,5cm. Capa plastificada.

 

A literatura brasileira contemporânea tem muito a oferecer aos leitores e ao país. Qualidade, conteúdo, diversão. É uma opção de vida, um esforço solidário. Leitura para toda a família. Adquira seu exemplar a um custo de R$ 40,00 (com as despesas postais inclusas). Para a cidade de Matão, o valor é R$ 30,00.

 

Gratidão!  Eduardo Waack



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

A Pomba que Gira



A pomba que Gira


Num mundo atribulado, as pessoas muitas vezes esquecem de olhar para o seu lado espiritual, o principal que devíamos lembrar é que a religiosidade é muito importante não apenas para moldar o caráter do indivíduo, mas como uma forma de nos recolhermos à nossa própria essência.
Nossa amiga Gilma é uma garota muito alegre que reside em uma dessas cidades do interior brasileiro, muito castigada pela seca, filha de agricultores, nessa época de estiagem eles não têm muita coisa a fazer, os serviços sociais quase não chegam, serviços médicos então, é só uma vez por semana. Quanto sofrimento diante de toda essa falta de oportunidades que o sertanejo vive, onde a sua família muito religiosa sobrevive da aposentadoria do pai como agricultor e da mãe que ainda insiste no batente de querer plantar algum feijão ou milho, o que vier está bem vindo, desde que as bênçãos do nosso Pai caiam em forma de chuva.
Como em toda cidade, sempre no dia de domingo as pessoas se reúnem na igreja para comemorar, pedir, sonhar e tudo que o nosso senhor Jesus Cristo possa prover.
Natal, Ano Novo, Semana Santa então, todos dão inúmeras voltas na pracinha, ao "melodioso" som das matracas para lembrar dessa data de sofrimento, morte e ressurreição de Cristo.
Mas nossa personagem, não tinha lá essa religiosidade toda, ela fingia acompanhar as missas na igreja e ia acompanhar os amigos nos botecos que povoam essas inúmeras cidades de interior, principalmente as pequenas, que não possuem nenhuma diversão, e a "diversão" que esse povo encontra é bem gelada e loiríssima.
As noitadas eram intermináveis, carros paravam no fundo do quintal do casebre onde tinha uma imensa mangueira, e quando os pais dormiam, ela sumia no mundo, somente voltando lá pelas tantas da madrugada.
Os pais já haviam notado há muito tempo, mas eles não tinham mais controle, Seu Rivaldo já era sexagenário e nunca foi de zelar pela educação da sua filha, a mãe Dona Deraldina era quem mais ficava no "pé", mas como a filha já completara os seus dezoito anos de idade, ficou praticamente incontrolável, pois quando a mãe a proibia de ir a determinados lugares, ela vinha justamente com aquele lengalenga de que já era maior de idade, era uma pessoa "formada" pois tinha tirado o seu segundo grau, mesmo em uma escola caicai, no turno da noite.
Sua irmã mais nova Gisele, apesar de sua pouca idade era muito mais ajuizada, e sempre comentava sobre o seu mau comportamento, suas mentiras, orgias e escapadas, mas era sempre hostilizada e ironizada, o que a repelia e para não ter tanta discussão ela recolhia-se ao seu canto e calava.
De um tempo em diante, Gilma começou a ter sonhos esquisitos, com muito sangue, cerveja, bacanais, violência e tudo do mesmo naipe, tendo como cicerone uma mulher vestida de vermelho.
Ela não contava a ninguém, mas os outros começavam a perceber, diante da mudança do seu comportamento sorumbático, ela somente mudava quando tinha uma farra, aí esquecia dos problemas ao vislumbrar uma cervejinha, ela mudava e caía na gandaia.
Todos os conselhos dos familiares caíam por terra, e por falar em terra, tinha um local chamado "Tanque da Nação" - um imenso terreno abandonado que a prefeitura cercou para armazenar água da chuva, as cercas caíram e ficou somente esse local ermo que todos temiam passar - onde o de pior sempre acontecia, foi o lugar que ela incorporou uma entidade e saiu agredindo todo mundo, a sua voz chegou até mudar, dizendo que tinha dominado aquele corpo e que ia aprontar bastante.
A confusão chegou aos ouvidos de sua genitora, pois o que é ruim chega rápido, igual a rastro de pólvora...
Deraldina chamou alguns vizinhos de confiança e a arrastou até em casa, para ver o que ia dar, começou a rezar e jogar água benta, mas quanto mais fazia isso a tal "pombagira" - é o nome que deram – começou a vociferar, a rosnar, dizendo que tudo isso aconteceu por causa da falta de fé da sua hospedeira, e ela ia destruir toda aquela família, começando por esse corpo.
E todos rezavam, pedindo para sair daquele instrumento de possessão, e a confusão aumentava, a "pomba" rosnava, e o tumulto se instalava, o pai foi acarinhar a "filha" e foi jogado a dois metros de distância, mas as pessoas insistiam na luta contra a "entidade", que ao ouvir as orações se revoltava ainda mais, esmurrando aquele corpo, rasgando as suas vestes, dizendo não adiantar tanta reza, que ela estava ali para destruir a fé de Deraldina, e só não apareceu antes por esse motivo, pois a filha dela era uma fraca, não rezava antes de dormir, mentia dizendo que ia à igreja, indo farrear nos bares, um ótimo lugar para os espíritos desencarnados aparecerem e os espíritos enfraquecidos sucumbirem a todo esse apelo.
A luta continuava incessantemente, até amarrada ela foi, sua irmã jogava água benta, descia em todo seu corpo, até que diante de muita água, reza, fé, a "coisa" foi embora aparecendo a garota, toda arranhada, sentindo dores em seu corpo todo, perguntando por que todos estavam olhando assustados para ela, sendo logo envolta em um cobertor, pois estava semi-nua.
A rua toda estava a maior confusão, todos queriam ver a garota que incorporou a "pomba que gira" , mas aos poucos os curiosos foram para suas residências.
Nos outros dias, começaram uma novena para o padroeiro da cidade, a fim de que isso não aconteça novamente, mesmo com todo esse esforço a "coisa" ficava à espreita onde Gilma mais se divertia com seus amantes, justamente atrás da frondosa mangueira, ninguém via a entidade, somente a pobre garota, que assustada fingia não perceber, até que com o decorrer do tempo, ao finalizar a novena, as coisas foram melhorando, mas não adiantava a novena, se a própria pessoa também não quisesse melhorar o seu espírito.
Depois de todo aquele acontecido, ela começou a fazer uma avaliação de toda a sua trajetória de vida e resolveu mudar, deixando de mentir, de fazer tanta farra, sendo um ótimo começo.
A maioria das pessoas esquece de fazer suas orações, de praticar algum ato de bondade; como estamos em tempos difíceis, o egoísmo se instalou, a falta de amor ao próximo campeia, tudo é motivo para uma confusão generalizada, inda mais se o assunto é dinheiro.
O dinheiro é muito importante, mas como percebemos, casos desse tipo pode acontecer em qualquer família, muitas vezes nem é por causa da "pomba que gira" , mas da cabeça tortuosa que gira diante de todas essas fraquezas terrenas, que sem querer podemos sucumbir de uma hora para outra, por isso a meditação e a oração são muito importantes, porque nós não somos perfeitos, ainda mais num mundo como esse porém o poder da oração é mais forte do que imaginamos.
Sem fé em nosso criador, seremos semelhantes às mais baixas criaturas e tudo que essa "revoada de pombos" deseja é isso, o enfraquecimento espiritual.

Marcelo de Oliveira Souza
Do livro de Coletâneas FESTA SURPRESA, pp. 213
Via literária Editora ano 2009







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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Feliz Dia da Amizade!


A Flor da Amizade🌹


Nessa vida de dificuldade
Todos viemos nos superar
Tem hora que bate a saudade,
Na internet, vamos navegar.

Usando a versatilidade
Para nos aproximar
Tem hora que bate a saudade
O jeito é nos comunicar.

A vida tem dessas coisas
Faz a gente se separar
Tem hora que bate a saudade
Vidas passadas vamos lembrar.

O sentimento de lealdade
Amiga em todo lugar
Tem hora que bate a saudade
Para sempre amigos ficar.

A flor da amizade
Ela fica no mesmo lugar
Tem hora que bate a saudade
Te acho em qualquer lugar.

No mundo de iniquidade
Amiga de sempre vai continuar
Tem hora que bate a saudade
Mas a flor da amizade, vou entregar!🌹


🤔Marcelo de Oliveira Souza,IwA
Dr. Honoris Causa em Literatura
📌Homenagem ao Dia da Amizade
Do blog http://marceloescritor2.blogspot.com
Boa noite🌹🌚








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sábado, 12 de fevereiro de 2022

Antologia Firmina dos Reis



Participe da Antologia do bicentenário de Maria Firmina dos Reis a primeira Romancista brasileira. Faça parte dessa história.
Baixe o regulamento entrando na página do site e siga as instruções.

Re: O Parque Solar Boa Vista


Leia a edição de dezembro da Revue Cultive
Em março saíra a edição da mulher.
saudações literárias
Valquiria Imperiano
redatora Chefe da Revu Cultive


Le ven. 11 févr. 2022 à 18:06, Samuel da Costa <samueldeitajai@yahoo.com.br> a écrit :

Hoje

 

Hoje eu quero todas as folhas soltas

Voando pelo vento

Como o meu pensamento

De sempre ser feliz.

Hoje eu quero ver no espelho

O meu sorriso de menina,

Sair cantando feito criança

E cair na dança.

Hoje eu quero ver o meu olhar

Atravessando a janela,

Enxergando a vida além dos muros

Que eu nem construí.

Hoje eu quero que Djavan

Escreva a canção mais bela,

Que nasçam lindas rosas no meu quintal

E que a vida se faça florir.

Clarisse da Costa é cronista e poetisa em Biguaçu Santa Catarina

Contato: clarissedacosta81@gmail.com

 

 

Selei

 

Adormeço pensando em você! Todo esse amor é infinito, não sei se é delírio, ou realidade, mas queria estar em seus braços, me render a você. Sinto-te tão distante, e todo esse desejo aflora-se, então, ouso a sonhar com você.

Invadiu-me sem permissão, sinto sua essência de longe, minhas lágrimas de dor não cessam, me embriaga de paixão. E, todo esse amor me faz viver, sonhar, acalenta-me, mesmo distante. Suplico! Não me deixe, preciso lhe sentir, dentro do meu coração, palpitando de amor!

Sou aquela mulher que te ama, mesmo sendo proibido! Fiz de você, meu amor, melhor amigo, a calmaria dos meus dias de tormento... Eternizei, selei, ficou marcado para sempre no meu corpo, como tatuagem...!

Meu anjo...!

Fabiane Braga Lima: texto e argumento

Contato: bragalimafabiane@gmail.com

Samuel da Costa: texto e revisão 

Contato: samueldeitajai@yahoo.com.br

 

 

Entre lágrimas, silêncio e o amor…!

 

Que os ventos da natureza me levem para onde eu possa repousar. Que os horizontes se abram acalentando os meus versos feito com alma e coração. Que nada possa estar vazio, mas cheio de luz, para serem lidos com o indelével amor.

Que a poesia arranque todas as dores de minha alma e coloque no lugar amor. Que em cada palavra escrita e recitada tenha sentimentos, mesmo feito em lágrimas e cicatrizes que um dia se findou, se iludiu e se curou.

Que o vento sopre e me mostre toda a verdade de quem um dia se calou, mas em lágrimas chorou. Que na beleza da vida, cada verso composto, dito, contado, recitado e declamado possa se encaixar, fazendo assim a epopeia do poeta em dor.

Fabiane Braga Lima é poetisa e cronista em Rio claro São Paulo

Contato: bragalimafabiane@gmail.com

 

 

Eu falo entre estátuas!

Para a poetisa Clarisse da Costa

''Deleito-me em terras férteis

Que me levam para longe do caos.

Escuto o ruído,

Tira-me o sossego.

Tendo o mar como inspiração vejo

No meu inconsciente, águas negras,

E um céu estrelado.''

Fabiane Braga Lima

           

A longa e suntuosa limusine negra, como a noite mais escura, parou defronte a um prédio de aparência decrépita, lá de dentro do automóvel luxuoso um austero homem idoso, com as duas mãos enrugadas postada em uma bengala de madeira Paolo Santo e cabo de marfim ricamente decorado com a cabeça de uma águia. Impaciente, o senhor aguardou o condutor sair do carro e abrir a porta do veículo. No assento do motorista, o chofer que estava bem alinhado, aguardava e aguardava, o trabalhador, mesmo não sabendo bem o que de fato aguardava.

Lá atrás, o passageiro do luxuoso veículo blindado esbravejou ao telefone interno: — A porta seu imbecil, abra a maldita porta! — Constrangido o motorista aperta o botão ao volante. A porta traseira se abriu, o homem idoso se levantou com certa dificuldade esbravejando contra o chofer.

 Ao lado da limusine estavam em prontidão dois homens, pareciam irmãos gêmeos, eram negros enormes de ascendência africana, estavam bem vestidos com seus de ternos pretos bem ajustados e gravatas vermelhas. Os homens estavam armados, embaixo dos ternos negros de linho, lá estavam as afiadas facas militar Zakharov Quitaúna, as modernas pistolas Berettas 92F com as seus respectivos silenciadores e as mortais miras a laser, as práticas e leves submetralhadoras Blowback semiautomáticas, também com seus respectivos silenciadores acoplados. Todas as armas eram customizadas e adaptadas para seus usuários. Também vestiam óculos escuros personalizados e estavam municiados com seus respectivos coletes a prova de balas. Um estava em alerta, olhava para todos as direções de forma discreta, como quem aguardava uma agressão, já o outro com zelo, dava atenção ao senhor de idade avançada.

            — Voltem para o hotel agora mesmo e substituam este imbecil ao volante! Não quero vê-lo novamente, nunca mais! — O homem idoso não escondeu o mau humor.

            — Mas senhor...

            — Sumam das minhas vistas, agora! Eu quero ficar sozinho! — Gritou a plenos pulmões e no meio da rua, contrariando assim as vestes europeias que vestia. 

            Os dois experientes homens de armas se entreolharam, assentiram com as cabeças em uma perfeita assimetria, ordens não são contestadas, não são contrariadas, são de pronto cumpridas e de imediato e pronto. Ambos, levaram os punhos às bocas e simultaneamente repassaram as ordens, um se comunicou com o motorista da limusine e o outro com os outros veículos de apoio. Falam no idioma italiano e com um forte sotaque de Roma. Um dos seguranças se encaminhou para substituir o motorista da limusine, o motorista com seu impecável uniforme inglês e seu quepe na cabeça ficou na calçada sem saber o que fazer enquanto via o carro luxuoso ia embora.  Já o outro se dirigiu para o carro blindado que fica a poucos metros à frente da limusine, entrou nele e seguiu a limusine. O outro carro de apoio que estava atrás da limusine deu marcha ré, seguiu em direção contrária aos outros dois veículos e a poucos metros entrou em uma revisão paralela e desapareceu por completo. A limusine se dirigiu para um hotel cinco estrelas e os outros cinco veículos de apoio se dispersaram, partiram para pontos diferentes não muito longe do perímetro, pararam e seus ocupantes aguardavam.     

            O homem idoso se moveu com elegância de aristocrata, com certa dificuldade devido ao peso da idade e se dirigiu para a entrada do prédio semi-decadente. O senhor de idade avançada de abrupto levou a mão esquerda aos olhos e conferiu as horas e notou que estava no horário. Dali para frente estava sozinho, sem comunicação, sem apoio e em terreno desconhecido. E se fosse cristão ou mesmo, se acreditasse em quimeras vagas, que homens e mulheres oram, clamam, rezam e ficam de joelhos, pelo menos. Mas nem isso ele tinha àquela hora extrema.

            O homem caminhou poucos metros e se deparou com uma pequena escada de madeira de ébano, eram somente três degraus e avançou trôpego pelo piso de mármore negra. A frente um portal de madeira ornado à moda do medievo europeu, ao lado haviam dois pedestais, duas peças renascentistas de bronze em tamanho natural. Duas estátuas de mulheres nuas choravam em desespero e o artista colocou uma enorme carga dramática e sensual nas obras gêmeas. Cada uma em uma lateral da entrada e entreolhando-se no mais completo desespero na equidistância.

            As portas se abriram assim que o homem idoso se aproximou, ele notou a falta de câmeras de segurança ou interfone na entrada, assim como caixa de correios. Assim que passou pelo portal de entrada, ele se deparou com uma versão modernista da entrada com duas estátuas de mármore branca, um tapete artesanal e colunas jônicas. E depois um enorme espaço vazio no que seria um salão de festas, saltava os olhos o negro piso de madeira artesanal, o espaço sem cadeiras, mesas e exaustores de ar. Sem janelas, e um sofisticado e moderno sistema de climatização, um atualizado jogo de iluminação de festas imperava no céu do lugar como se fosse uma constelação. O espaço era negro como noite mais escura e no final o salão um pequeno palco para apresentações.

            Um conjunto de luzes verdes na lateral esquerda formava uma trilha e o homem idoso seguia a trilha que levava ao lado do palco. As luzes eram frias e a cada um que o homem passava o ambiente ficava mais e mais frias, contratando com o calor tropical de fora do prédio. O senhor idoso avistou uma escada em caracol, ao lado do palco, o homem reconheceu logo um trabalho artesanal, planejado e executado por um paciente, artesão do oriente médio ou de algum país do mediterrâneo.

            Até aquele momento as estranhas misturas arquitetônicas e estéticas, mistura entre as novas tecnologias e os velhos métodos do velho mundo não chocaram o homem de idade avançada. A curiosidade precedia as estranhezas, era, e é assim que a comunicação entre o novo mundo em formação e velho mundo decadente. Ali, tudo parecia que fora planejado e moldado com muitas mãos sedentas e provavelmente, permeado de muitas brigas e fortes discussões estéticas. E recursos financeiros, ali também não seria um problema de imediato. Um espaço sombrio, multiuso e adaptável para audiências variadas era o que passou na cabeça do homem que se atreveu a aceitar o convite de adentrar naquele ambiente ignoto. 

            Desolado, o senhor idoso olhou para o alto da escada e percebeu que tinha um longo caminho para onde queria chegar. Os joelhos doíam, as palmas dos pés latejavam, os calçados apertavam e ele pensou na ideia de estar armado não seria ruim. E então ele se recompôs e recomeçou a caminhada, a subida até o céu.      

Samuel da Costa é contista e funcionário público em Itajaí, Santa Catarina

Contato: samueldeitajai@yahoo.com.br

 




--

Valquiria Imperiano
Artista e Escritora
 Presidente da Association Cultive de Genebra
redator chefe da Revue Cultive e
da Revue Artplus
+41 79 616 37 93
Genève - CH Suisse