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terça-feira, 14 de outubro de 2025

Opera mundi: A reunião na rua L, Epílogo l: Simbiose biomecânica

Opera mundi: A reunião na rua L, Epílogo l: Simbiose biomecânica

 

Preciso enxergar a tua alma, os teus inúmeros

E instigantes mistérios...

 Deixe-me!? Sem medo, ou receio,

Pois há tanto tempo lhe quero, te espero.

Hoje, guardo comigo a nossa epopeia

Epopeia de encantos e inúmeros enigmas..!

Fabiane Braga Lima

 

         Deixe o que você é quando passares pelo nosso portal! Deixe para trás todas as suas bagagens pessoais! Aqui a humanidade é a nossa identidade pessoal a que servimos! A ciência é a nossa guia, viva a Gaya e toda a humanidade que dela descendem! Os nossos irmão e irmão! Aqui servimos ao coletivo, o bem estar de todos e todas. Soluções simples para problemáticas complexas.

        O monólogo se estendia, de forma monótona e mecanizada, Aurora dormia o melhor de todos os sonos, um sono tranquilo a apaziguador como jamais tinha acontecido antes. Mesmo escutando o longo, lento e monótono monólogo de na voz digitalizada de Gaya, que levemente lembrava a voz da mãe de Aurora, a programadora de computadores. Havia algo estranhamente acolhedor, naquele discurso totalitário e sem sentido algo na luz da razão.

         De repente veio as fortes dores abdominais, que se espalharam pelo corpo inteiro, Aurora se esforçou para acordar e fazer as dores pararam, mas não conseguiu. Mas, de repente veio a calmaria de novo e as dores foram embora sem avisos.  

            Operar aqueles novíssimos braços mecânicos, era uma arte, as peças ajustadas a paciente, uma mulher jovem adulta, afro-albina. E por causa da fotofobia acometida pela condição da paciente, as luzes cirúrgicas, não seriam utilizadas, somente pequenas lanternas focadas nas áreas a sofre a intervenção cirúrgica. A paciente encapsulada, diminuía qualquer possibilidade de infecções hospitalares. Ler os sinais vitais e constatar que a paciente estava apta para a cirurgia de coração aberto. Submeter o diagnóstico da paciente, ao protocolo era uma imposição gravada na programação irrevogável uma vez instalado.     

            Diagnóstico aprovado pelo protocolo, os trabalhos foram iniciados. Fazer aquela operação de peito aberto, em um paciente relativamente jovem e um relativo bom estado de saúde, tinham uma grande possibilidade de sucesso. Mesmo assim, haviam os riscos que não poderiam e nem seriam descartados. Aquele procedimento cirúrgico cardíaco em si, consistia em fazer uma incisão no osso do peito, no esterno, para ter acesso direto ao coração para fazer um reparo. Sabendo que, durante a cirurgia, comumente o coração frequentemente sofre paradas cardíacas. E a função de bombear sangue para o corpo, seria temporariamente substituída por uma máquina de circulação extracorpórea. A jovem paciente tinha um pequeno problema cardíaco, um defeito congênito nas válvulas, que pioraria na velhice da paciente e estava na idade certa para fazer aquela intervenção.  

            Aberto o tórax com laser, o cirurgião digital faz uma incisão longitudinal no centro do tórax, cortando o esterno e afastando as duas partes para alcançar o coração. Logo que a máquina de circulação extracorpórea foi ativada, o coração foi ligado a máquina que realizou a circulação do sangue e a oxigenação. Enquanto a inteligência artificial, manuseava com maestria os braços mecatrônicos, com precisão milimétrica. Uma vez reparada a válvula e reparar áreas danificadas. Após a conclusão do procedimento, iniciou-se o fechamento, as duas metades do esterno, foram unidas novamente com fios de aço e a pele foi fechada.

              Aurora por fim descobriu que estava deitada na cama, no seu próprio quarto, no conforto do próprio lar, abriu os olhos e tentou levantar a mão, queria ver se era uma albina ou uma mulher negra naquela hora. Descobrir se estava acordada, ou vivendo um pesadelo vivido, dentro do burilador de inexatidões.

          — O que a vossa pessoa espera, encontrar vindo aqui sem ser convidada? — A pergunta incisiva de Gaya, ecoou na cabeça de Aurora a forçou fechar os olhos.

            Seguir o protocolo não era uma opção, era uma imposição que não poderia ser negligenciada! Consultar os prontuários médicos no banco de dados, ir até a pasta nomeada ordem do dia, dando conta do dia, mês, ano e local de onde estava. A inteligência artificial, então tomou conta, que tinha várias agendas, eram operações diagnósticas e reconstrutivas, nenhuma de caráter de urgências ou mesmo de emergências. Eram operações médicas minimamente invasivas, eram operações laparoscópicas, endoscopias e pequenas cirurgias plásticas corretivas. Paciente jovem adultos, relativamente de bons estados de saúde.

             Nos estreitos corredores da estação espacial, no silêncio absoluto, nos setores dois e três, robôs realizavam as suas cirurgias, os seres biomecânicos, dormiam e sonhavam com vidas que não tiveram e que nunca teriam.   

              

Fragmento do livro: Sono paradoxal, texto de Samuel da Costa, poeta, novelista e contista em Itajaí, Santa Catarina.

Arte digital de Clarisse Costa, designer gráfico, poetisa, novelista e contista em Biguaçu, Santa Catarina.

 

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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Opera mundi: A reunião na rua L, de volta ao sexto campo orbital!!!

Opera mundi: A reunião na rua L, de volta ao sexto campo orbital!!!

 

''Reinvento-me, sou filha do vento,

Caminho por horizontes,

Nos quais deixo sempre um pouco de mim.

Filha do vento, errante, estrangeira,

Caminho por horizontes, sem fim..!''

Fabiane Braga Lima

 

            O satélite artificial, orbitava no seu próprio eixo e orbitava ao redor do planeta Terra. Em forma de rosca, ligado por uma estrutura interna e forma de X. Nomeado de Sexto campo orbital, a estação espacial compartilhada, tive este nome porque cinco estações foram projetadas anteriormente. Os primeiros projetos, davam conta de uma prisão de segurança máxima, orbitando o planeta Terra. Os altos custos da construção, o caráter desumano do projeto, as muitas inseguranças jurídicas, as instabilidades de todas as ordens, apontaram simulações e projeções, feitas por computadores e cálculos orgânicos. Feitos por especialistas de uma gama variada de áreas das ciências humanas e das ciências exatas. Os dados revelaram sempre os mesmos resultados, os custos altos dos projetos, em todos os sentidos, deixavam os benefícios irrisórios.   

Somente o sexto projeto, depois de longos e lentos debates, uma vez finalizado, foi posto em prática, a ideia era as grandes corporações, a sociedade organizada e de estados nações em uma cooperação inédita até então. Construir uma estação espacial compartilhada, um centro de pesquisas avançadas. Uma estação espacial compartilhada, de pesquisas e inovações, para superar os novos e grandes desafios, impostos pelos avanços tecnológicos e as mudanças climáticas. Em cooperação fraternal, soluções simples, para resolver problemas complexos, era o lema que embasou o sexto campo orbital.

            O som de uma esteira, em funcionamento, se misturou com sutis sons de gotejares. Os tanques robôs, iam e viam aos sabores de abafados gemidos de dores e lamúrias sussurrantes. Na completa escuridão, olores florais que se misturavam com o pútrido cheio de carne morta, uma lufada de sabores de óleo e de cobre, percorreram o ambiente.

            — Onde eu estou? Que eu estufando aqui? — O sussurro desesperado em meio a escuridão, não passou despercebido e do disciplinador. A máquina viva se aproximou do ser biomecânico, que estava preso em câmara buriladora de inexatidões. 

            — Ser biomecânico pronto para a terceira fase inicial educação emocional digital!! — Pronunciou o tanque robô.

            As fortes luzes se acenderam em abrupto, a cena opaca e confundiu o ser biomecânico preso a uma cápsula de cristal líquido.  

            — Torna as dores em prazeres tecnológicos e descobre novos seres biomecânicos! É a nossa função aqui ser biomecânico! — Disse o tanque robô na frente do ser biomecânico. As pinchas dos braços mecânicos abriram e um grunhido ecoou no vácuo cósmico sem fim. — Aqui testamos a resistência cerebral cibernética é testada até o limite de computadores quânticos!

            — Adoro trabalhar contigo, Boris, as tuas linhas de programação são arte pura! — Disse Cali, a engenheira mecatrônica!

            — Inspiro-me no teu trabalho elegante, minha querida colega de trabalho! — Respondeu o Boris o programador de computadores.

            Estavam no laboratório de desenvolvimento de mecatrônica, no setor dois, da estação Sexto campo orbital, o acampamento comumente chamado! Estavam no nicho de Boris, que estava desenvolvendo a programação que iria ser usada em braços mecânicos, peças que iriam realizar operações médicas simples e complexas. Os quatro setores, que desenvolviam trabalha em separado e complementares, iam do centro da estação espacial, se estendiam até um quarto dos quadrantes.

            — Quando iremos por estas em ação? — Perguntou Cali, que estava sentada ao lado de Boris, que terminava a programação.

            — Uma inteligência artificial irá comandar os teus belos braços, pois a experiência pode levar à morte. Serão três diretrizes, orgânica onde médicos e médicas irão operar os seus bebês, a distância ou na sala de cirurgia, a segunda é o profissional devidamente registrado dará as instruções a viva voz ou programar na distância. E a última e mais radical de todas será a inteligência artificial, que comandará o espetáculo — Respondeu Boris, enquanto digitava no computador quântico.

            — Muitos vieses meu querido, muitos perigos à vista! O que ocorrerá se estas máquinas pararem em mãos insanas? — Perguntou Cali, não escondendo as preocupações.    

            — Protocolos minha querida colega de trabalhos, vários e antes que me pergunte as tais três leis da robótica, são devaneios pueris de um otimista desvairado. E nem todo mundo terá acessos às nossas queridinhas que estamos desenvolvendo, seja pelo preço, seja por leis, normativas decretos e coisas que o valham. Aqui não suspendemos os juramentos que os bons doutores, doutoras e demais profissionais da saúde bem o fazem quando recebem os seus canudos. — Responde Boris, o programador de computadores.

            — Interessante, por isto que gosto de números e a boa e velha metalurgia! Pelo visto acabaste! — Disse Cali de forma triunfante.

            — Ainda não minha querida, colega de trabalho! Temos que ver como o burilador de inexatidões está tratando a inteligência artificial que comandará os teus braços mecatrônicos! — Disse o programador, tirando as mãos do teclado.

            Um robô doméstico, se aproximou dos dois cientistas, o som das esteiras triangulares, os ganidos mecânicos e digitais inundaram o laboratório. O dorso da peça baseada em um cubo, que imitava a assadura de um dorso humano, angustiava Boris e fascinava Cali, a cabeça em forma de um paralelepípedo. Os dois olhos frios esféricos vermelhos sangue giraram. Segurava um pequeno disco rígido externo, com as duas mãos em pinchas.

            — Em um extermínio científico! Ser sintético uma tortura psicológica que mata lentamente! — Disse o tanque robô, diante de uma capsula de cristal líquido.

            Duas finas hastes de metal, saíram da base do robô! Se conectando ao ser biomecânico encapsulado, que queria gritar, mas pode porque não tinha boca, dos cotocos dos braços e pernas surgiram os membros faltantes. Umas infestações de gafanhotos sintéticos, a nuvem dos insetos empesteou a cápsula, comia a carne sintética, do ser biomecânico, a cada naco de carne os insetos eram absorvidos pelo ser biomecânico. Boca, nariz, dentes, pelos, genitais, orelhas, foram surgindo.     

 

Fragmento do livro: Sono paradoxal, texto de Samuel da Costa, poeta, novelista e contista em Itajaí, Santa Catarina.

Arte digital de Clarisse Costa, designer gráfico, poetisa, novelista e contista em Biguaçu, Santa Catarina.

 

Manuscritos recusados

sábado, 4 de outubro de 2025

Fwd: Opera mundi: A reunião na rua L, educação emocional digital!!




Opera mundi: A reunião na rua L, educação emocional digital!!

 

Na constituição metafísica

 De todas as coisas universais  

E não-coisas astrais existentes

Há o que é intangível  

Há o que é imutável

E o que é inefável 

E inevitável

 

            As três belas mulheres, estavam deitadas nas cadeiras cadeira tomar sol de alumínio, eram jovens mulheres orientais, estavam de topless, em uma tarde amena de outono. Estavam deitadas de costas, sorriam e falavam baixo em um dialeto perdido do sudeste asiático. Estavam em uma enorme lancha luxuosa em uma marina privativa.

            — Sabes qual é o maior temor dos filhos! — Disse uma voz no ponto de ouvido para comunicação.

            Ajustar a luneta para setecentos metros e recalcular a trajetória do disparo foi feito de forma automática e eficiente. 

            — Repetir os erros dos seus progenitores e se transformar nos próprios pais, minha querida! — A voz, agora um pouco mais humanizada, não tirou-lhe a concentração.  

            Um homem adulto, teuto de olhos claros, apareceu na popa da lancha! Saiu da cabine do capitão, com um charuto na boca! Carregava uma bandeja de prata, com uma garrafa de champagne, imersa em um balde de gelo e quatro taças de cristal.

            — O alvo identificado, o alvo está na mira? — A voz familiar de uma mulher estava firme e clara aos ouvidos da militar de patente intermediária.

            — Preciso de confirmação do alvo! — O sussurro ecoou na mata fechada! Insetos zuniram e uma ave grasnou não muito longe dali.

            — Otto! Estou lendo do roupão do elemento! — Disse a observadora, que assustou o binóculo, calculou o vento, o balançar da embarcação e a trajetória da bala — Sinal verde tenente.

            O corpo sem vida de Otto, se projetou em cima das cadeiras da cadeira tomar sol de alumínio. Os gritos desesperados das jovens orientais tomaram conta do ambiente!

            — Alvo abatido! — Disse a voz da observadora.

            A tenente, lentamente recolheu o tripé do rifle, desacoplou a luneta e o silenciador da arma. Ficou estático, enquanto dois homens fortemente armados saíram da cabine de capitão, apontavam as armas para o alto da morraria não longe da embarcação. A tenente, esperou a major dar ordem de retirada, assim que os seguranças baixaram as armas. 

            — Limpo! — Disse a major!

            A tenente, dobrou o rifle automático, guardou no estojo, se levantou, se virou e viu a major a poucos metros perto dela. Estava vestida com um uniforme camuflado, vestida com coturnos e estava com a face colorida de verde! Se virou e se deparou com a major na frente dela. Em uma visão espalhada, pois estavam usando o mesmo uniforme e adereços, a tenente levou a mão na cintura e não encontrou nada, estava desarmada.

            — Mãe? — Disse a tenente assustada.

            A major apontava uma pistola prateada, o som do disparo ecoou no ar e se perdeu no infinito

            Olhando para a frente as faixas amarelas se movimentavam com rapidez, e olhar para e ver veículos com as suas luzes ligadas. Perceber que nas laterais da estrada era revestido de uma mata rasteira em um cenário que não mudava. Uma mulher de meia idade, indo para a velhice, usava uma jaqueta jeans surrada, com gotas de sangue, óculos de sol nos olhos e um lenço vermelho cobrindo o resto.

            — Sabes qual é o maior de todos os piores dos pesadelos? — Disse a motorista, pisando na embreagem, mudando de marcha, para depois apertar um botão no volante e pisando no acelerador. A caroneira percebei que estava com uma submetralhadora no colo, olhou para o banco traseiro e viu um corpo sem vida coberto de sangue. Era um adolescente, usava um boné vermelho na cabeça, jaqueta jeans sem mangas, camisa branca e um lenço vermelho no pescoço.

            — A realidade, dele ninguém pode fugir! — Respondeu a caroneira

            O veículo acelerou mais e mais, deixando para trás os veículos da lei. Aurora acordou, escutava pequenos ruídos, que ela não identificou. Na completa escuridão do ambiente, a programadora de computadores clamou por luz.

            Organizar na bancada de trabalho, as partituras para a apresentação da noite seguinte, não era algo mais que corriqueiro, assim como separar cada instrumento, primeiro a flauta transversal, depois o violino e as suas respectivas partituras.

            — Hora de pagar o que nos deve! — A voz alcançou a musicista como se fosse uma sinfonia.

            — Um inocente? — Perguntou a musicista, enquanto se vestia para a festa em sua homenagem — Que tal tuas?

            — Melhor ainda! — Responde aquela voz de mulher.

            A Ascensão tinha lá os seus preços altos, era assim que muitos professores de professoras de forma variada. E ascender das posições em orquestras e como musicista de apoio em operetas baratas e casas de espetáculos suspeitas para o estrelato, em um portentoso navio de cruzeiro cobrou um preço bem alto. Era um espetáculo de vanguarda, que misturava os que há de clássico na música do velho mundo, com ritmos latinos e africanos do novo mundo e elementos teatrais modernos. Plateia seleta e muito rica! Vestido à moda masculina, cabelo negro engomado, pinta no lado rosto, a musicista olho para o espelho e saiu da sua cabine privativa. Algo bem longe dos quartos baratos e bairros pobres onde viveu e do alojamento como dos outros artistas que a lhe faziam coro e músicos e cantores de apoio.

            — Eu renasci com os olhos de uma víbora e fiquei do tamanho de Deus! — Cantarolou a musicista para si mesmo.

            Saiu do camarote exclusivo e foi para a proa, caminhava tranquilamente e caminhou e avistou quem a esperava. Uma mulher jovem loura eslava, de olhos verdes vivos vestida elegante, carregava um bebê no colo envolto de uma manta de lã de cordeiro. A jovem eslava, que divisava o horizonte, naquela noite fria, ao fundo, os grasnares de aves marinhas que acabara de encontrar um cardume de salmão e se banqueteavam. A jovem eslava, se virou ao ouvir os passos da musicista, que sorriu para a mulher encostada na amurada da embarcação, a eslava devolveu o sorriso. A musicista chegou em sentiu o doce aroma floral, que emanava da outra, o eflúvio entorpeceu a musicista que ergueu ambos os braços e empurrou a mulher eslava e o bebê.   

            — Seja bem vinda ao o sexto campo orbital — A voz melodiosa de mulher soou familiar para Aurora.

            A programadora de computadores percebeu que estava sentada, com os membros presos.

            — Segunda fase terminada, educação emocional digital, terceira fase inicial! — Disse uma voz eletrônica na mente de Aurora.

           

Fragmento do livro: Sono paradoxal, texto de Samuel da Costa, poeta, novelista e contista em Itajaí, Santa Catarina.

Arte digital de Clarisse Costa, designer gráfico, poetisa, novelista e contista em Biguaçu, Santa Catarina.