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domingo, 1 de outubro de 2017

Almas Iguais


Quando dois corpos se reconhecem, é porque são feitos por almas iguais, que se encontram. A respiração para e , ofegante se esvai, em excessiva sudação.
No embate mais profundo, emerge o amplexo de amor.
Coração lateja, o ar some, o oxigênio desaparece.
E, por alguns instantes, se eternizam, pelo nada, ou pelo tudo. Almas que se encontram em corpos que se reconhecem.
Amor ou paixão? E, isso acaso importa? Vínculos antecedentes, não sei. Que são latentes e candentes, eu sei. Mas, acaso, isso importa?
Corações que se cruzam, no limiar do amor ou, da paixão, são aqueles que, se completam na finitude, de cada um.
Um e outro, se comprazem no prazer que a ambos se dão. Se consomem. Se esvaziam. Se anulam e se completam. Nem um é tudo nem o outro é parte. O que falta num sobra no outro. Se atraem porque se completam. Assim, na distância ou, na junção, pouco importa.
Quando se ama, é paixão que desconcerta. Não se satisfaz, sem o outro, porque o outro, é a parte que em si falta, e se completa. Amor ou paixão? Paixão ou amor? Isso importa? Viver a um Não é viver.
A dois, É muito melhor, e, tanto mais, quando os dois, se fazem um. Amplexo divino que somente é maior, em Deus.

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