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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Ramsés II, o Faraó do Egito


Ramsés II era filho do faraó Seti I e da rainha Tuya. Ele era o faraó do Egito na ocasião em que Moisés (o Grande Legislador) liderou a libertação dos hebreus do cativeiro egípcio. Viveu 90 anos e reinou por 67 (de 1.279 a 1.213 AC). Também ficou conhecido como “Ramsés, o Grande”, pois foi o faraó mais poderoso do Egito, o que reinou mais tempo e viveu mais do que os outros faraós. Teve sete esposas: 1-Nefertari (a rainha); 2-Isitnefert; 3-Maathomeferurê; 4-Meritamom; 5-Bentanath; 6-Nebettawy; 7-Henumitirê. E dez filhos varões: 1-Amenófis-Amenoteph (o primogênito); 2-Amen-herkhepeshef; 3-Ramsés III; 4-Paraherwenemef; 5-Khaemuaset; 6-Merneptá; 7-Meryatum; 8-Bentanath; 9-Meritamon; 10-Nebettawy. Além dessas esposas oficiais, teve várias concubinas, e muitos outros filhos varãos e varoas. Dizem os egiptólogos que ele deixou cerca de 200 filhos.
Originariamente, Ramsés II não era de origem nobre. Porém, foi o terceiro rei da XIX dinastia egípcia, que teve início com seu avô Ramsés (I), que foi general do faraó Horemheb (o último rei da XVIII dinastia), que o nomeou seu sucessor, com o título de Ramsés I. Depois veio Seti I (o segundo na sucessão), e Ramsés II (o terceiro). Seu sucessor foi Merneptá (o sexto filho), em razão da morte prematura dos cinco primeiros. Amenófis (o primogênito) morreu por ocasião da décima praga lançado por DEUS sobre o Egito: “a morte dos primogênitos”.
A rainha Nefertari casara com Ramsés II dez anos antes da morte do sogro: Seti I. Deu-lhe seis filhos: Amenófis, mais dois varões e três varoas. Ela morreu no 24º ano do reinado do marido, e foi enterrada num suntuoso túmulo no “Vale das Rainhas”. Era a esposa preferida do rei.
Durante o seu reinado, Ramsés II empreendeu várias campanhas militares. Na época, seus principais inimigos foram os hititas (turcos), os sírios, os palestinos, os cananeus e os fenícios. Destes, os inimigos mais ferrenhos eram os hititas (Turquia). Ramsés II venceu a todos e instalou a paz no Egito e nas nações circunvizinhas, que durou cerca de 50 anos (até a sua morte). Na área cultural, Ramsés II foi o faraó que mais mandou construir monumentos majestosos. Deve-se a ele o velho adágio popular de: “obras faraônicas”. Mandou construir uma nova capital para o Egito, ao qual deu o nome de “PI-RAMSÉS” (ou “PER-RAMSÉS”), que significa “Casa de Ramsés”.
No entanto, a maior batalha enfrentada por esse faraó foi contra os hebreus. Não se tratou duma batalha campal, com uso de armas ou de guerreiros. Foi uma batalha espiritual, com sérios reflexos no campo material. Todos os egípcios sofreram terrivelmente com as dez pragas lançadas por DEUS sobre a nação por DEUS, em consequência de Ramsés II não atender ao pedido de Moisés para que libertasse os hebreus do cativeiro. É interessante observar que os descendentes de Jacó passaram a ser conhecidos mundialmente como “hebreus” a partir do Egito. Na língua egípcia o termo “hebreu” significa “povo dalém do Jordão”. Como os hebreus eram “estrangeiros” no Egito, receberam essa denominação, que perdurou ao longo dos séculos.
Retrocedendo no tempo, à época do nascimento de Moisés (o Grande Legislador) no Egito, podemos verificar que o pai de Ramsés II (Seti I) havia expedido um decreto que determinava a morte de todos os varãos hebreus nascidos naquela época. Os egípcios temiam que os hebreus pudessem aliar-se a alguma nação inimiga, caso o Egito viesse a guerrear com uma nação vizinha. Além dos mais, os hebreus eram mais férteis do que os egípcios, e o rápido crescimento da nação hebreia era assustadora para os egípcios. Porém, a mãe de Moisés (Joquebede) conseguiu salvá-lo, pois fabricou um cesto de vime, vedou-o com betume e o colocou no rio Nilo (com Moisés dentro). Tal cesto foi parar no local aonde a princesa Henutmire (filha de Seti I) tomava banho, com algumas criadas. Ela era casada com o general egípcio Disebek, e não tinha filhos. Encantada com aquele achado, Henutmire criou Moisés como se fosse seu legítimo filho, dando-lhe a educação digna de um verdadeiro príncipe. Mirian (a irmã de Moisés) seguira o cesto, através do Nilo, e informou à Joquebede aonde ele estacionara, e o que acontecera. Assim, Joquebede ofereceu-se para ser a ama-de-leite de Moisés, no quem foi aceita. Desta forma, foi à própria mãe legítima de Moisés quem o amamentou quando criança.
Moisés e Ramsés II foram criados juntos, como príncipes do Egito. O primeiro como “filho” da princesa Henutmire, “neto” de Seti I e “sobrinho” de Ramsés II. Este como filho do faraó e irmão da “mãe” de Moisés. Ao crescer, Moisés tomou conhecimento de sua história e da sua verdadeira origem. Matou um egípcio para salvar um escravo hebreu (que estava sendo surrado) e teve que fugir do Egito, para escapar da sentença de morte. Passou 40 anos em Midiã, aonde casou (com Zípora, filha de Jetro Reuel) e gerou dois filhos (Gérson e Eliezer). Quando voltou ao Egito, para libertar os hebreus do cativeiro, quem reinava era Ramsés II. Daí começa a narrativa dos textos de Êxodo 7.19-12.36, no Velho Testamento, da Bíblia Sagrada.
Nessa época, as dez pragas que assolaram o Egito foram: 1-As águas do rio Nilo se transformaram em sangue (Êxodo 7.19-25); 2-A praga das rãs (Êxodo 8.1-15); 3-A praga dos piolhos (Êxodo 8.16-19); 4-A praga das moscas (Êxodo 8.20-32); 5-A praga da morte dos animais (Êxodo 9.1-7); 6-A praga das úlceras ou feridas (Êxodo 9.8-12); 7-A praga do fogo ou saraiva (Êxodo 9.22-35); 8-A praga dos gafanhotos (Êxodo 10.1-20); 9-A praga das trevas ou escuridão (Êxodo 10.21-29); 10-A morte dos primogênitos (Êxodo 11.1-10; 12.29-36). Após a última praga, com a perda do próprio filho, Ramsés II libertou os hebreus, que saíram o Egito em direção à Terra Prometida (Canaã). Ramsés II morreu em 1.213 AC, aos 90 anos de idade e ainda como faraó do Egito. Moisés morreu aos 120 anos, no alto do cume de Pisga, localizado no monte Nebo, nas proximidades da Terra Prometida (Deuteronômio 34.1-12).

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