Enoque foi o primeiro profeta arrebatado e está registrado na Bíblia Sagrada, tanto no Velho quanto no Novo Testamento (Gênesis 5.24; Hebreus 11.5). Em hebraico, o termo “Enoque” significa “Treinado e Inaugurado”. Em aramaico significa “Iniciado e Dedicado”. Enoque representou a sétima geração da descendência de Adão e Eva. Enoque era o filho primogênito de Jarede, o qual tinha 162 anos quando o gerou. Depois que gerou Enoque, Jarede viveu mais 800 anos, totalizando uma vida de 962 anos (Gênesis 5.18-20).
Por sua vez, Enoque teve como primeiro filho a Metuselá, que ficou conhecido na História Secular e Universal como Matusalém, o homem que mais viveu na face da terra: 969 anos. Quando Matuselá (ou Matusalém) nasceu, Enoque tinha 65 anos de idade. Depois do nascimento de Matusalém, Enoque viveu mais 300 anos, e foi arrebatado aos Céus, sem passar pela morte física (Gênesis 5.24). Portanto, quando Enoque foi arrebatado, seu pai Jarede ainda era vivo e tinha 527 anos nessa época. A Bíblia registra que Enoque gerou outros filhos (além de Matusalém), porém não informa os seus nomes. Apenas que foram ”filhos e filhas” (Gênesis 5.22).
Matusalém, o filho de Enoque, teve como filho primogênito a Lameque (Gênesis 5.25-27). A razão pela qual Deus arrebatou Enoque foi o fato dele viver numa época de extrema promiscuidade e violência. Como servo de Deus, Enoque profetizou dizendo: “Eis que é vindo o Senhor com milhares de Seus santos, para fazer juízo contra todos e para condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que maldosamente cometeram. E, por todas as duras palavras que os ímpios pecadores disseram contra Ele” (Judas 1.14,15).
Não devemos confundir esse Enoque, o primogênito de Jarede e o primeiro profeta arrebatado, com o Enoque filho de Caim e neto de Adão. Enoque (o filho de Caim e neto de Adão) nasceu na terra da Fuga, depois que Caim matou Abel, seu irmão caçula, e foi expulso das proximidades do Jardim do Éden (Gênesis 4.17,18). Posteriormente, Caim construiu uma cidade na terra da Fuga, ao leste do Jardim do Éden, e lhe deu o nome de “Cidade de Enoque”, em homenagem ao seu filho primogênito (Gênesis 4.17).
Enoque, o primeiro profeta arrebatado, viveu no período antediluviano, ou seja, antes do Dilúvio que inundou toda a face da terra, na época do patriarca Noé. Na verdade, Noé foi bisneto de Enoque, pois era filho de Lameque e neto de Matusalém, que por sua vez era o filho de Enoque (Gênesis 5.25-30).
O termo “Noé”, em hebraico, significa: “Consolo”. E, em aramaico significa “Descanso”. Noé era o sétimo na linhagem de Adão, através de Sete. Nasceu no ano de 2.970 AC, ou seja, 126 anos após a morte de Adão. Após dar-lhe o nome de Noé, o seu pai, Lameque, disse: “__Este nos trará consolo (ou descanso) dos nossos trabalhos e da dor de nossas mãos, que resulta do solo que Deus amaldiçoou” (Gênesis 5.28-31).
O mundo em que Noé vivia estava degenerado. Os anjos caídos (demônios), que haviam sido expulsos dos Céus, juntamente com Lúcifer (Satanás), e lançados no firmamento (céu da terra) pelo arcanjo Miguel, tomaram formas de homens e engravidaram as belas mulheres da terra, gerando filhos que se tornaram verdadeiros gigantes, além de “homens de fama” (Gênesis 6.1-4; Judas 1.6). E assim, toda a raça humana estava ficando a cada dia mais decadente. Então, Deus escolheu o único homem que continuava justo na face da terra, para através dele remir e purificar a humanidade: Noé (Gênesis 6.8, 9, 22).
Deus deu as instruções para que Noé construísse uma arca, para que assim, ele e sua família pudessem ser salvos do dilúvio vindouro. Deus recomendou ainda que Noé separasse algumas espécies de animais, que deveriam ser salvos, para a recuperação da nova fauna terrestre (Gênesis 6.1-22). Então Deus, por meio do dilúvio, destruiu a parte da raça humana que estava corrompida, e através de Noé e de sua família, preservou o fio da vida humana e da vida animal. Noé registrou todos os eventos do período em que esteve no interior Arca (Gênesis 7.11-24; 8.2-14).
A “Arca de Noé” posou, após o dilúvio, no Monte Ararat. Ao sair da Arca, Noé ofereceu um holocausto a Deus, agradecendo pelo grande livramento (Gênesis 8.18-22). E assim, Deus abençoou a Noé e aos seus familiares, e determinou que eles tratassem do repovoamento da terra (Gênesis 1.28; 9.1-7; 10.32). E, como selo da promessa de que jamais voltaria a destruir a terra por meio d’água, com outro dilúvio, Deus colocou um sinal no Céu: o arco-íris, que aparece toda a vez que chove mais fortemente. Com isso, Deus reafirma ao homem que não mais haverá dilúvio sobre a face da terra (Gênesis 9.8-17; Isaías 54.9). Noé viveu 350 anos após o dilúvio. Quando o dilúvio começou, Noé tinha 600 anos, dois meses e 17 anos de vida. Ao todo, Noé viveu 950 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário